Filho de pais açorianos, que emigraram para Massachusetts em busca de novas oportunidades, Monteiro tornou-se conhecido por tocar em festas privadas de celebridades, eventos de marcas conhecidas e nas 'after parties' de cerimónias como os Óscares da Academia e os Globos de Ouro.

"Trabalho muito e tem estado a dar frutos", afirmou o lusodescendente, que recentemente atuou no Greek Theatre, no evento "Hearts of Gold" do LA LGBT Center, a par de Sia e Rufus Wainwright.

"São muitos anos a trabalhar e a ser consistente e agora sou o DJ de eleição quando há coisas boas a acontecer", descreveu.

Do seu extenso currículo constam também a festa de despedida de Chelsea Handler do Netflix, o Halloween da Mansão Playboy, a festa da agência CAA depois dos Óscares e o aniversário de Sandra Bullock.

"Por algum motivo, sempre dei comigo em situações incríveis e com pessoas fantásticas em grandes eventos", afirmou, lembrando a altura em que viu um documentário com Madonna na casa da cantora em Beverly Hills.

"É de doidos para mim, porque na minha cabeça continuo a ser um rapaz de uma família portuguesa de Massachusetts que veio para trabalhar com a prima e isto aconteceu", disse.

Derek Monteiro chegou a Los Angeles em 2002, aos vinte anos, e acabou por ter a oportunidade de dançar para Britney Spears, Erika Jayne e outros, abraçando uma via artística que mais tarde o conduziu ao papel de DJ.

"Todas estas coisas com que eu tinha sonhado começaram a acontecer e nada foi planeado. Pensei que ia fazer carreira no imobiliário", lembrou o luso-americano, cuja maior parte da família continua a residir em Hudson, Massachusetts.

A carreira de DJ começou por ser um 'hobby' que surgiu quando trabalhou como promotor na discoteca "Rage", em West Hollywood, que lhe deu a oportunidade de passar música. "Não imaginava que dentro de cinco a dez anos iria construir uma audiência e ser contratado para todas estas coisas", afirmou.

As festas de celebridades e das cerimónias de prémios permitiram-lhe dar o salto e tornar-se conhecido no meio, com o passa palavra a abrir as portas a mais eventos públicos e privados.

Os próximos projetos deverão conduzi-lo à produção de música, uma ambição na qual tem estado a trabalhar e que o tem levado a algumas colaborações, incluindo um 'remix' recente da música "Tension", de Fergie, com Aaron Colbert e Audiomoe.

"Não sei se quero ser como o David Guetta, mas quero deixar a minha marca no mundo e fazer um bom trabalho, do qual me possa orgulhar", salientou.

Disse ainda que gostaria de tocar nos Açores, visto que os pais são de Santa Maria, e estaria disponível para colaborações com artistas portugueses. "Adorava ir e tocar nos Açores, é o meu povo, é de onde vim".