A chuva anual de meteoros Perseidas iluminou os céus na madrugada desta segunda-feira e pode atingir o seu pico na madrugada de terça-feira, afirma o The Guardian. Considerada uma das melhores chuvas de meteoros do ano, as Perseidas estão ativadas desde meados de julho.
“As Perseidas devem proporcionar uma boa visualização por alguns dias, com o clima local e as condições de luz provavelmente a serem fatores mais significativos do que o pico matemático preciso”, disse Ed Bloomer, o astrónomo do Observatório Real de Greenwich.
Este tipo de meteoros têm origem nas constelações de Camelopardalis e Persus, daí o nome Perseidas. O cientista Bloomer aconselha a olhar para eles através do canto do olho para uma melhor experiência: "Perseu está a nascer no nordeste enquanto o sol se põe, então podemos querer olhar mais para o leste”, disse o cientista, observando que a visão periférica é mais sensível em condições de pouca luz do que a visão central.
O espetáculo ocorre quando a Terra colide com material libertado pelo cometa 109P/Swift-Tuttle, enquanto o planeta se move à volta do Sol. Quando os fragmentos, que geralmente são maiores que um grão de areia, atingem a atmosfera, o ar na frente deles comprime-se, gerando calor e fazendo com que os fragmentos se queimem. O resultado é o aparecimento de fendas brilhantes no céu.
“[O cometa] está numa órbita grande e longa de 133 anos à volta do Sol, e são essencialmente detritos que estão a deixar um rastro por trás dele – então o Swift-Tuttle faz a sua órbita, mas a Terra colide naquele caminho ano após ano”, referiu Bloomer, acrescentando que isso significa que a chuva de meteoros surge ao mesmo tempo e na mesma parte do céu a cada ano.
Para aumentar as hipóteses de assistir ao espetáculo celestial, o astrónomo aconselha a sair à noite para uma área escura ou, pelo menos, afastada das luzes da cidade. Depois é deitar na relva e apreciar.
“Pode ter a sorte de ver uma bola de fogo, [que é] um pouco dos destroços do tamanho do seu punho a virem para a atmosfera – que pode durar cinco a dez segundos", referiu Bloomer. "Pode até vê-la a desintegrar-se (...), mas a maior parte do que se vê são pequenos flashes", afirmou.
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