Após meses de duras acusações, a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), grupo de cerca de 90 jornalistas que compõem o júri dos Globos de Ouro, aprovou na semana passada uma série de reformas destinadas a impulsionar a inclusão e representatividade das minorias.
"Continuamos a acreditar que a HFPA está comprometida com uma reforma significativa. Mas uma mudança desta magnitude requer tempo e trabalho e acreditamos que a HFPA precisa de tempo para fazê-lo bem", informou a NBC em comunicado.
Por isso, a "NBC não vai transmitir os Globos de Ouro em 2022", acrescentou a rede de televisão, enfatizando que tem "esperança de exibir o programa em janeiro de 2023" se os organizadores implementarem a sua agenda de reformas.
Grande parte dos membros do HFPA são correspondentes que costumam trabalhar para meios de comunicação conhecidos e respeitados nos seus países, como os jornais Le Figaro, de França, ou El País, de Espanha.
Contudo, a reputação deste júri já tinha sido abalada no passado pela presença de personalidades com pouca ou desconhecida atividade jornalística.
A organização tem também sido repetidamente criticada pela falta de atenção dada aos artistas negros ou de outras minorias, muitas vezes menosprezados nas listas dos Globos de Ouro.
Os líderes da Amazon, Netflix e WarnerMedia emitiram também declarações a informar que se recusam a trabalhar com o grupo até que novas reformas sejam promulgadas. Atores como Scarlett Johansson e Mark Ruffalo também se juntaram aos apelos contra a HFPA.
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