Os cinco filmes foram selecionados por um júri, a partir de uma convocatória lançada este ano pela academia e pela Netflix, destinada a dar mais visibilidade a mulheres portuguesas - ou com residência permanente em Portugal - que tenham estado envolvidas na produção, realização ou escrita de argumento.
Os filmes escolhidos são "A Metamorfose dos Pássaros", de Catarina Vasconcelos, com Joana Gusmão na produção, "Soa", de Raquel Castro, com argumento de Isabel Machado, produção de Joana Ferreira e Sara Simões, "Mar", de Margarida Gil, com argumento de Rita Benis, e "Simon Chama", de Marta Sousa Ribeiro, e produção de Joana Peralta.
A eles junta-se "Desterro", da realizadora luso-brasileira Maria Clara Escobar.
A parceria prevê o licenciamento das longas-metragens à plataforma Netflix pelo período de um ano, estando a exibição prevista para 2022, "em data a anunciar".
Segundo o regulamento, as candidatas associadas a cada um dos filmes selecionados vão receber 15.000 euros. No caso de haver mais do que uma candidata por filme selecionado, os 15.000 euros serão repartidos entre todas.
Em comunicado, a Academia Portuguesa de Cinema considera que as expectativas foram superadas, já que recebeu 31 candidaturas, referentes a longas-metragens finalizadas entre 2019 e 2020.
"Este é apenas um primeiro passo no caminho de uma maior representatividade e igualdade de oportunidades de mulheres no setor do cinema e audiovisual", sublinhou a academia.
Os filmes foram escolhidos por Carla Chambel (vice-presidente da Academia Portuguesa de Cinema), Fátima Ribeiro (argumentista), Isadora Laban (Netflix Portugal e Espanha) e Tota Alves (argumentista).
A Netflix exibirá estes cinco filmes numa altura em que estará já em vigor em Portugal a legislação atualizada que transpõe uma diretiva europeia sobre cinema e audiovisual.
A regulamentação que atualiza a lei do cinema, para incluir a cobrança de novas taxas e obrigações de investimento no setor, nomeadamente de novos operadores como as plataformas de 'streaming', entra em vigor a 01 de janeiro de 2022.
No que toca a obrigações de investimento, para os operadores de serviços audiovisuais a pedido (como a Netflix) essas obrigações podem ter a forma de "promoção de obras cinematográficas e audiovisuais europeias e em língua portuguesa" nos respetivos catálogos.
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