“Paris, Lisboa” surge três anos depois de “Excuse Me”, no qual cruzava referências de uma vida, do jazz de Chet Baker aos clássicos brasileiros de Dorival Caymmi, data de 2016, e quase dois anos depois de ter vencido o Festival Eurovisão da Canção, com a música “Amar pelos dois”, composta pela irmã, Luísa Sobral, tornando-se no primeiro português a alcançar tal feito.

No segundo álbum, “os músicos são basicamente os mesmos, o som da banda é o mesmo” que no primeiro, mas “um bocadinho mais maduro”, afirmou o cantor em entrevista à Lusa.

“Paris, Lisboa”, cujo título é, em parte, uma homenagem a “Paris, Texas”, de Wim Wenders, o “filme preferido” de Salvador Sobral, é um “disco de influências”, mas também um disco no qual o cantor continua “à procura”.

“Eu estou sempre à procura na música que faço e espero continuar sempre. Nunca vou encontrar verdadeiramente aquilo que quero fazer, porque gosto de fazer tantas coisas, mas acho que é uma incoerência artística saudável”, partilhou.

No alinhamento dos concertos do cantor já têm entrado também algumas das 12 canções que compõem “Paris, Lisboa”.

“Em vez de gravarmos o disco e tocarmos o disco, nós normalmente gravamos já depois de termos feito estrada com ele. O ‘Anda estragar-me os planos’ já tocamos há bastante tempo, o ‘Benjamim’ há imenso tempo e o ‘Playing with the wind’ também há imenso tempo”, contou, referindo ser “o processo inverso” do habitual, “mas é engraçado também”.

Entre os amigos que se juntaram a Salvador Sobral na conceção e produção do disco estão o baterista Joel Silva, o pianista Júlio Resende, os cantores Luísa Sobral e António Zambujo, o contrabaixista André Rosinha e o guitarrista André Santos.

Além dos amigos, há outra parte da vida de Salvador Sobral bem presente no álbum, logo no primeiro tema “180,181 (catarse)”, que o cantor queria “que fosse a música zero, mas tecnicamente não dá para fazer”.

O tema aborda os dias que passou no hospital, quando foi sujeito a um transplante de coração.

“É na verdade tudo o que ficou para trás, e esta experiência tão forte que eu tive e queria expressá-la”, afirmou, confidenciando que quis “que o disco começasse com uma espécie de um renascimento”.

No disco, que será apresentado em maio em Faro, no Teatro das Figuras (no dia 03), em Lisboa, no Coliseu (a 10), e no Porto, no Coliseu (a 11), Salvador Sobral canta em português, inglês, espanhol e, pela primeira vez, francês.

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