Segundo a Câmara de Ourique, no distrito de Beja, as obras vão ser cedidas para exposição permanente na Atalaia – Galeria de Arte de Ourique, através de um protocolo entre o município e o Novo Banco, que vai ser assinado na terça-feira.
O protocolo, no âmbito do projeto Novo Banco Cultura e que vai ser assinado a partir das 16:00, naquela galeria de arte, vai permitir “reforçar a oferta de bens culturais” no concelho e “é suscetível de ser mais um motivo para uma visita” a Ourique, refere a autarquia.
Günther Förg, que nasceu a 5 de dezembro de 1952, em Fussen, e morreu exatamente 61 anos depois, a 05 de dezembro de 2013, em Friburgo, na Alemanha, foi pintor, designer gráfico, escultor e fotógrafo.
Segundo o município, Förg, “historicamente classificado como um artista abstrato e minimalista”, “fez parte de uma geração pós-guerra de artistas alemães que reagiram contra o modernismo” e foi “um dos pioneiros na exibição de obras multidisciplinares, pré-datando grande parte da arte da instalação”.
A “diversidade” da expressão criativa de Günther Förg é composta por obras de escultura, pintura, gravura, fotografia e desenho, “muitas vezes em combinação”.
Förg “é conhecido pelo uso de cores sólidas e saturadas”, apesar de “uma das suas séries mais famosas” ser um corpo de fotografias a preto e branco da arquitetura internacional da Bauhaus, feitas entre 1980 e 2006.
Em finais da década de 90 do século XX e no início de 2000, Förg fez várias séries de pinturas a óleo sobre tela ou guache sobre papel, nas quais, em fundos de uma só cor, se destacam linhas verticais e horizontais, em tons contrastantes, evocando grades ou linhas estruturais de janelas.
A obra de Günther Förg encontra-se em vários museus, nomeadamente no Stedelijk Museum em Amesterdão, na Holanda, na National Gallery do Canadá, no Museu de Arte Moderna de Frankfurt, na Alemanha, no Tate Modern, em Londres, em Inglaterra, e nos museus de arte moderna de Nova Iorque e de São Francisco, nos Estados Unidos da América.
O projeto Novo Banco Cultura enquadra-se no contrato entre o Novo Banco e o Estado Português, através do Ministério da Cultura, para divulgação e partilha do património cultural e artístico do banco.
Graças ao projeto, desde janeiro de 2018 e incluindo as obras a ceder no âmbito do protocolo a assinar na terça-feira, são já 58 as obras “de grande relevo artístico” do Novo Banco colocadas em exposição permanente em 28 museus e espaços de fruição pública de várias regiões do país.
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