A música é uma homenagem a Stefania, mãe de Oleh Psiuk, o rapper líder do grupo, mas ganhou um simbolismo maior com a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A canção foi escrita muito antes da guerra, e depois de tudo ter começado "assumiu um significado adicional e muitas pessoas começaram a vê-la como a mãe, a Ucrânia, no sentido de país. Tornou-se realmente próxima do coração de muitas pessoas na Ucrânia e a sua relevância aumentou”, assumiu Oleh Psiuk numa conferência de imprensa, já em Turim.

A Ucrânia saltou para a liderança das casas de apostas dois dias após a invasão da Rússia, a 24 de fevereiro. O favoritismo da banda de folk-rap, no entanto, não se encerra no contexto em que o país vive atualmente, já que o tema a concurso estava no top 5  antes do início da guerra.

"Stefania" não foi a primeira escolha para representar o país invadido pela Rússia. O tema foi o segundo classificado, atrás de Alina Pash. Mas a 19 de fevereiro, a delegação ucraniana anunciou que Alina Pash já não seria a representante do país, depois de ter havido protestos devido ao facto de a cantora ter atuado na Crimeia em 2015, um ano depois de a Rússia ter ocupado aquela região.

Os Kalush Orchestra, composta por Oleh Psiuk, Ihor Didenchuk, MC CarpetMan, Tymofii Muzychuk e Vitaliy Duzhyk, teve uma autorização especial para viajar para Turim, cidade italiana que recebe esta edição da Eurovisão.

Reveja aqui a atuação da primeira semifinal

A Ucrânia ganhou a Eurovisão duas vezes, em 2004 com "Wild Dances" de Ruslana, e em 2016 com a canção "1944" de Jamala, um tema sobre a deportação dos Tártaros da Crimeia, na década de 1940, composta após a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014.

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