Kissin, que regressará à Gulbenkian em fevereiro, apresenta, neste primeiro encontro da temporada, a Sonata para piano, n.º 29, em Si bemol maior, "Hammerklavier", de Ludwig van Beethoven, e uma seleção de prelúdios de Sergei Rachmaninov, retomando o programa que levou em julho passado ao festival de Verbier, na Suíça, e que vai dominar as suas atuações ao longo dos próximos dois anos, de acordo com a digressão anunciada pelo pianista.

A orquestra, na sexta-feira, parte de peças orquestrais de Johann Adolf Hasse (Adágio e Fuga) e Carl Philipp Emmanuel Bach (Sinfonia em Sol Maior H.657), para culminar nos concertos para violino e orquestra de Michael Haydn e Felix Mendelssohn, com Alina Ibragimova como solista, num percurso que segue do final do barroco e da emergência do classicismo, à afirmação do romantismo, segundo o programa da Fundação Calouste Gulbenkian.

A residência em Lisboa da Il Pomo d'Oro completar-se-á em 22 de maio, com o terceiro e último concerto da série, que conta com a meio-soprano Joyce DiDonato e a apresentação do projeto conjunto "Em Guerra e Paz" ("In War & Peace"), dedicado a árias de Handel, Henry Purcell, Leonardo Leo e Niccolò Jommelli, entre outros compositores barrocos. Antes, em 21 de novembro, a orquestra convida o contratenor Franco Fagioli, para um programa dedicado a Handel.

Il Pomo d'Oro, orquestra especializada no repertório pré-romântico, na sua investigação e interpretação historicamente informada, foi criada em 2012 e tem como diretor artístico o maestro e cravista Maxim Emelyanychev. Recebeu os prémios Diapason d'Or e Choc Classica por gravações de concertos para violino de António Vivaldi, com Riccardo Minasi e Dmitry Sinkovsky, e pelas "Arias for Caffarelli", gravadas com os contratenores Max Emanuel Cencic, Xavier Sabata e Franco Fagioli.

O projeto da orquestra com Joyce DiDonato ("Em Guerra e Paz"/"In War & Peace") foi distinguido com o prémio Gramophone de melhor disco de recital, editado no ano passado.

A orquestra Il Pomo d'Oro atua regularmente em campos de refugiados, na Grécia, onde também organiza oficinas e dá aulas de música.

Evgeny Kissin atuará de novo no Grande Auditório Gulbenkian, em 16 de fevereiro, com o Quarteto Kopelman, que também regressa a Portugal, depois de atuações em anos anteriores. Serão interpretados quartetos com piano de Mozart (N.º 1, em Sol menor, K.478) e Gabriel Fauré (N.º 1, em Dó menor, op.15) e o 2.º Quinteto com piano, em Lá maior, op. 81, de Antonin Dvorák.

O Quarteto Kopelman é composto pelos violinistas Mikhail Kopelman e Boris Kuschnir, o violetista Igor Sulyga, músicos dos históricos quartetos Borodin e de Moscovo, e o violoncelista Mikhail Milman, que fez parte dos Virtuosos de Moscovo, de Yuri Bashmet.