Com um programa que vai da “Polca de circo” de Igor Stravinsky à suite do bailado “O pássaro de fogo”, passando por Anton Webern, o concerto, marcado para as 21:00 na Sala Suggia, inclui ainda o concerto para tuba e orquestra de John Williams, em que se junta o solista Sérgio Carolino.

Segundo explicou à Lusa o coordenador da Sinfónica, Rui Pereira, “Sanderling vem regularmente à Casa da Musica, há muitos anos”, também por ter estabelecido “uma relação ótima e muito especial” com os músicos daquele agrupamento.

Maestro titular da Filarmónica de Dresden entre 2011 e 2019, a “grande carreira internacional” de Sanderling passou também pelo trabalho discográfico, como a gravação, com essa orquestra, de integrais das sinfonias de Beethoven e Chostakovich, para a Sony.

Em 2019/20, o também docente universitário tem sido convidado da Casa da Música e de orquestras como a de Paris, a Filarmónica de Berlim, a Sinfónica de Praga ou o agrupamento da Konzerthaus de Berlim, entre dezenas de outros.

“Desta vez, faz um programa muito interessante, com Stravinsky como figura central, o Stravinsky do bailado, começando logo com uma obra muito engraçada [a polca], divertida mas escrita para um bailado especial, para 50 elefantes e 50 bailarinas”, contou.

Esse trabalho veio após um diálogo curioso com o coreógrafo George Balanchine, que lhe encomendou a peça, em que este lhe explica que será composto para elefantes, ao que o compositor russo pergunta a idade dos animais. “‘Muito jovens’, responde-lhe. E o Stravinsky diz: ‘Se são muito jovens, eu escrevo'”, revelou.

O resultado é a “Polca de circo: Para um jovem elefante”, acabado em 1942, que abre a atuação antes do “Concerto para tuba e orquestra”, com Carolino, e uma segunda parte em que “Im Sommerwind” retoma.

A peça composta pelo austríaco Anton Webern é considerada um “poema tonal”, escrito em 1904, e antecede partes de um dos grandes bailados de Stravinsky, “O pássaro de fogo”, a obra que fez a fama do russo no século XX.

Pelo meio, Rui Pereira salienta a participação de Sérgio Carolino, um dos solistas da Sinfónica, no concerto de John Williams, pelo português ser “uma verdadeira estrela a nível mundial na tuba”.

Williams, célebre pelas várias bandas sonoras para o cinema, será também homenageado pelo músico, que “faz tudo o que quer da tuba”, configurando “um momento imperdível”, garantiu.

Depois, no domingo, a Sinfónica, Sanderling e Sérgio Carolino voltam a encontrar-se pelas 12:00, num concerto comentado, voltando a John Williams e “O pássaro de fogo”, trabalhado inicialmente com a companhia Ballets Russes nos primeiros anos do século XX.

“Neste concerto comentado, podemos conhecer não só a narrativa por detrás da obra, mas também entrar pela partitura dentro e perceber, por exemplo, como o compositor retrata com sonoridades contrastantes os aspetos humanos e fantásticos do libreto”, pode ler-se na nota de agenda da Casa da Música.

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