A mostra "Os reis da Europa selvagem - os nossos últimos grandes carnívoros" pretende dar a conhecer às pessoas, em particular aos mais jovens, estas espécies e sensibilizar para a sua conservação, numa lógica de coexistência com os humanos, assinalou à Lusa a comissária científica e curadora da coleção de mamíferos do museu, Cristiane Bastos-Silveira.
Dividida por seis módulos, a exposição inclui painéis com informação científica com o 'bilhete de identidade' dos carnívoros e a descrição do seu 'habitat' natural e de peculiaridades de comportamentos, bem como uma mostra de 40 animais naturalizados num cenário com imagens e sons que transporta os visitantes para os locais onde vivem as espécies.
Há também dois modelos tridimensionais a representar os 'habitats' do lobo e do lince ibéricos, que existem em Portugal mas que continuam em perigo.
Um filme retrata as ameaças à sobrevivência das espécies. Cristiane Bastos-Silveira destaca o preconceito, a baixa aceitação e a perseguição (lobos e ursos), a caça (glutão), a construção urbana e os atropelamentos automóveis (linces).
Na Europa, os ursos vivem nas montanhas da Cantábria, em Espanha, enquanto os glutões (que se assemelham a pequenos ursos pardos com cauda) encontram-se nos países nórdicos, sendo o seu pelo cobiçado para o fabrico de casacos.
A exposição vai estar patente pelo menos durante dois anos, sendo que para maio estão a ser preparadas palestras sobre biodiversidade e caça.
A mostra resulta de uma parceria entre o Museu Nacional de História Natural e da Ciência e o Grupo Lobo, uma organização não-governamental em prol da conservação do lobo e do seu ecossistema em Portugal.
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