A atribuição do prémio ao ensaísta foi decidida e anunciada pela UÉ) no passado dia 20 de dezembro, em reconhecimento do “seu notável contributo no domínio do ensino da Literatura, dos Estudos Literários e da divulgação internacional da Língua e da Cultura portuguesas”.
A escolha do vencedor foi unânime por parte do júri, presidido pelo professor da UÉ Antonio Sáez Delgado e composto pelos professores Pedro Serra (Faculdade de Filologia da Universidade de Salamanca), Ana Paula Arnaut (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) e Cristina Firmino Santos (UÉ) e pela crítica literária Anabela Mota Ribeiro.
Segundo a academia alentejana, a cerimónia de entrega do Prémio Vergílio Ferreira 2020 decorre hoje, a partir das 16:00, na Sala de Docentes do Colégio do Espírito Santo.
A sessão tem lugar um dia “após a data em que se assinala a morte do escritor do romance ‘Manhã Submersa’, contando com as habituais intervenções do premiado, do júri e da reitora da Universidade de Évora”, Ana Costa Freitas, acrescentou a instituição.
Aquando da atribuição da distinção, a UÉ qualificou Carlos Reis como “um dos mais relevantes ensaístas da atualidade”.
“Considerado um renovador dos Estudos Literários em Portugal desde o último terço do século XX”, o vencedor é autor de “uma vasta bibliografia”, que inclui mais de 200 títulos, “em várias áreas de pesquisa, desde os estudos queirosianos e estudos saramaguianos à teoria e didática da literatura”, acrescentou.
Instituído pela UÉ em 1996 para homenagear o escritor Vergílio Ferreira, este prémio literário destina-se a galardoar anualmente o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa relevante nos domínios da ficção e/ou ensaio.
A edição de 2020 do galardão dedicado ao autor de “Aparição”, segundo a universidade alentejana, contou com nomeações oriundas de 16 instituições de quatro países.
O Prémio Vergílio Ferreira foi atribuído, pela primeira vez, a Maria Velho da Costa, a que se seguiram, entre outros, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Agustina Bessa Luís, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio ou Luísa Dacosta.
José Gil, Hélia Correia, Lídia Jorge, João de Melo, Gonçalo M. Tavares e Nélida Piñon foram outros dos premiados.
Carlos Reis é professor e investigador da Universidade de Coimbra e, em outubro do ano passado, recebeu, na Guarda, o Prémio Eduardo Lourenço 2019, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos.
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