“A fotografia de rua parece fácil, mas não é, porque exige um enquadramento de acordo com o tema”, afirmou à agência Lusa o responsável pelo projeto, Carlos Olyveira, lamentando que, “embora o projeto tenha tido uma cerca adesão, ainda não foi possível publicar imagens de ruas de todas as nove ilhas açorianas”.
Segundo disse Carlos Olyveira, que fotografa de forma amadora há mais de 30 anos, não existia nada nos Açores dedicado especificamente à fotografia de rua, um género “que está muito na moda” e que “existe desde o início do século XX”.
Na página do projeto, na rede social Facebook, são publicadas, regularmente, numa espécie de galeria, fotografias, sobretudo de ruas das ilhas de São Miguel e Terceira, com e sem a presença humana, a cores ou a preto e branco.
“Quem tem uma máquina e achar que a fotografia vale a pena ser divulgada, dentro do tema, pode submetê-la”, referiu o responsável pelo projeto, explicando que para o efeito basta enviá-la para email.
Carlos Olyveira, 57 anos e reformado da Força Aérea, adiantou que as fotografias recebidas são previamente apreciadas e selecionadas, tendo em conta o enquadramento, a temática e a qualidade da imagem antes da publicação.
Para o fotógrafo amador, a foto de rua deve ser “instantânea, captar momentos e vivências, sem descurar a qualidade da imagem”.
“Nos Açores, os fotógrafos estão mais sensibilizados para a foto postal, ou seja, de Natureza, mas há outro tipo de fotografia”, advertiu o fotógrafo amador, que gostaria de lançar um livro com as melhores imagens publicadas ou fazer uma exposição.
Nos últimos anos, a fotografia tem ganhado um novo impulso no arquipélago, com a promoção de várias ações de formação e a constituição, em 2007, da Associação de Fotógrafos Amadores dos Açores (AFAA), da qual faz parte Carlos Olyveira.
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