É cada vez maior o número de jovens que procura uma experiência de crescimento pessoal através do gap year - que apesar de significar “ano de intervalo”, numa tradução literal, não tem necessariamente a duração de um ano.

As atividades realizadas durante esse período também podem variar de acordo com a preferência de cada um. Pode ser um curso, uma longa viagem, ou quem sabe um trabalho humanitário no estrangeiro. O mais importante é sair da zona de conforto e estar aberto a novas culturas e experiências. Contudo, independentemente do destino ou da atividade escolhida, é necessário um bom planeamento financeiro, pessoal e profissional, para que essa experiência possa ser aproveitada em todo seu potencial.

Definir um objetivo

Estudar um novo idioma, trabalhar voluntariamente por alguma causa social, aceitar um desafio profissional no estrangeiro, ou simplesmente desbravar um continente com uma mochila às costas. São muitas as opções para quem deseja sair da rotina, e para cada uma delas há uma séria preparação a fazer. Como esta é uma decisão muito pessoal, é necessário ponderar bem os objetivos do ano sabático. Se possível, é bom procurar aconselhamento junto de professores ou profissionais experientes.

Perguntar a quem percebe do assunto 

Há diversas organizações que podem ajudar a encontrar a melhor opção de acordo com o bolso e os objetivos. No site da Real Gap, é possível até fazer um quiz para descobrir que tipo de intercâmbio se enquadra melhor nos objetivos de cada um.

Em Portugal também há uma instituição que se especializou no assunto: a Associação Gap Year Portugal (AGYP). Esta tem também uma ferramenta que ajuda a encontrar o destino ideal de acordo com os critérios “continente”, “países”, “segurança”, “higiene” e “custo”. Além do mais, há um fórum onde ex-gappers que podem responder a dúvidas de novos interessados. O site também mostra a rede de gappers portugueses espalhados pelo mundo - o que aumenta a sensação de tranquilidade para quem tem receio de viajar sozinho.

Outra organização com representatividade internacional é a AIESEC, que oferece estágios voluntários e remunerados no exterior, seja para trabalhar em causas sociais ou até mesmo em empresas - hipótese ideal para quem já possui alguma experiência.

Começar a poupar

O "gap year" exige planeamento financeiro. Mesmo que a viagem seja financiada pelos pais, é importante ir adaptando o estilo de vida - e os gastos - àquilo que se vai encontrar nessa aventura, e, claro, poupar. Uma boa forma de acautelar isto é pesquisar o custo de vida no país de destino e calcular o que se vai gastar em média por dia. Há ainda aplicações gratuitas que podem ajudar a controlar gastos como a Minhas Finanças, GuiaBolso e Gastos Diários.

Por fim, o que importa é ir de mente aberta, disponível para viver novas experiências e dotado de um espírito curioso.

Este artigo foi feito em parceria com a Book in Loop