Pintado em 1963, o tríptico marca o início da tempestuosa relação que Francis Bacon (1909-1992) manteve com George Dyer, que figura como protagonista de alguns dos quadros mais emotivos e criativos do pintor britânico de origem irlandesa.
George Dyer — que se suicidou em 1971 na mesma noite em que o Grand Palais de Paris homenageava Francis Bacon com uma grande retrospetiva — marcou a obra de Francis Bacon tanto antes como depois da sua morte.
Em 2013, outro tríptico de Francis Bacon “Three Studies of Lucian Freud” foi arrematado por 142 milhões de dólares (120,2 milhões de euros), convertendo-se na obra mais cara de todos os leilões, um recorde que foi batido na quarta-feira por um quadro de Da Vinci vendido por 450 milhões de dólares (381,1 milhões de euros).
Esta foi a obras mais reivindicada do leilão de arte contemporânea, que também incluiu obras de Warhol, Lichtenstein, Burgeois e Basquiat, apesar de um Ferrari que Michael Schumacher conduziu no Grande Prémio do Mónaco de 2001 também se ter acabado por converter num dos itens mais disputados.
Os cerca de 70 lotes foram vendidos em leilão por um total de 310 milhões de dólares (262,5 milhões de euros).
A segunda obra que mais rendeu esta noite foi um retrato de Mao Zedong que Andy Warhol pintou em 1972, a qual foi vendida por 32,4 milhões de dólares (27,4 milhões de euros).
Warhol, um dos mais importantes artistas norte-americanos da segunda metade do século XX e ele próprio o símbolo da “Pop Art”, concebeu dezenas de quadros do líder comunista chinês Mao, mas a obra leiloada na quinta-feira pertence ao primeiro conjunto de apenas 11. Dez encontram-se em importantes galerias públicas e privadas, desconhecendo-se o paradeiro dos restantes.
A terceira obra mais cara foi “Female Head”, de Roy Lichtenstein, arrematada por 24,5 milhões de dólares (20,7 milhões de euros). O quadro, concluído em 1977, foi vendido por um valor acima do previsto, depois de uma renhida disputa.
Outro artigo vendido por um preço acima do esperado foi também o Ferrari com que Michael Schumacher, heptacampeão mundial de Fórmula 1, venceu o Grande Prémio do Mónaco em 2001, o qual teve um número inesperado de licitações até ser arrematado por 7,5 milhões de dólares (6,3 milhões de euros), estabelecendo um recorde para um carro de Fórmula 1 moderno.
Yoko Ono vendeu por 11 milhões de dólares (9,3 milhões de euros) um dos tesouros da sua coleção privada, “Cabra”, do norte-americano Jean-Michel Basquiat, uma representação da vitória de Muhammad Ali, símbolo da luta antirracista, contra o “imbatível” Oscar Bonavena, apelidado de “El Toro”.
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