De acordo com o agenciamento do músico, em comunicado, este “será porventura o álbum de Rodrigo Leão que mais vida tem dentro, desde logo porque assinala um feliz encontro do renomado compositor com a sua filha Rosa”.

“Piano para piano” propõe “diálogos a partir de dois pianos”, aos quais foram adicionados arranjos, “num dos casos até de um trio de cordas, missão que ficou a cargo da sua entusiasta filha mais nova, Sofia”.

Citado no comunicado, o músico contou que começou por fazer “umas bases simples” para tocar e, por cima delas, foi compondo “melodias um pouco mais difíceis” para as filhas tocarem com ele.

“No início parecia-me estranho, mas depois as peças começaram a juntar-se e tudo passou a fazer sentido e a fluir naturalmente. Nasceram assim os primeiros temas de ‘Piano Para Piano’. Desde outubro de 2022 que comecei a trabalhar nestes novos temas e apesar de quase todos terem sido pensados para dois pianos, acabei mais tarde por incluir nalguns, sons de cordas, loops, e noutros uma vertente mais eletrónica. Acabou por ser um disco onde encontrei novas inspirações e influências graças ao convívio permanente com esta nova geração maravilhosa que é a dos meus filhos”, partilhou.

Em cada um dos temas que compõem “Piano para Piano” “há gente dentro e histórias, amizades de décadas e outras mais próximas - todas essas linhas se cruzam num disco em que Rodrigo e Rosa Leão dialogam de forma terna, num registo intimista que traduz a proximidade e cumplicidade que só um pai e uma filha podem partilhar”, salientou o agenciamento do músico.

Rodrigo Leão partilhou que Rosa “não teve coragem” de recusar o seu pedido de gravarem juntos, visto ser “a pessoa mais diplomática” que conhece.

“E tive sorte porque é muito paciente comigo, tem uma sensibilidade extraordinária e isso transparece na forma como toca. Tem sido uma experiência nova e maravilhosa, conhecê-la neste contexto, a trabalharmos juntos”, partilhou Rodrigo Leão.

Nascido em Lisboa, em 1964, Rodrigo Leão fez parte dos Madredeus durante dez anos, antes de iniciar uma carreira a solo, que encetou com “Ave Mundi Luminar”, em 1993.

Desde então, já trabalhou com músicos como Ryuichi Sakamoto, Ludovico Einaudi e a vocalista dos Portishead, Beth Gibbons.