O próximo disco, um EP de nove temas, tomou forma durante os dois meses que Rodrigo Leão passou no Alentejo, na região de Avis, e sucede ao álbum mais recente do músico, "O Método", lançado em fevereiro passado, adiantou a editora, no comunicado hoje divulgado.

"Acabei por sentir, durante estes últimos meses, uma sensação de liberdade criativa pela qual há muito ansiava”, disse Rodrigo Leão, citado pela editora, referindo-se ao período de confinamento provocado pela declaração do estado de emergência, em março passado, por causa da pandemia da covid-19.

Para o músico, "Avis 2020" resulta da reflexão que o isolamento lhe permitiu, traduzida em "novas composições que aprofundam as ideias e a sonoridade" do mais recente álbum, "O Método".

“O Método”, um “disco marcado pelas sonoridades ambientais eletró́nicas", como foi apresentado aquando do seu lançamento, em fevereiro, conta com participações de músicos como Casper Clausen, Federico Albanese, Ângela Silva, Viviena Tupikova e do coro da Associação Musical dos Amigos das Crianças.

“Tive a sorte de fazer o confinamento fora de Lisboa, no Alentejo, perto de Avis, com a minha família e dois amigos. Estivemos juntos durante dois meses nesse refúgio inesperado, uma espécie de bolha, na qual me senti mais humano e, de alguma forma, mais feliz”, afirmou o músico, na nota.

"Avis 2020" é "uma obra em aberto": “Gosto que a minha música faça perguntas, mesmo que não tenham resposta”, disse Rodrigo Leão.

O novo disco terá edição global, pela BMG, no próximo dia 17 de julho e é o segundo título do músico nesta editora internacional.

"Transporte 20" fica disponível hoje nas plataformas digitais Spotify, Apple Music e Deezer.

Nascido em Lisboa, em 1964, Rodrigo Leão fez parte dos Madredeus durante dez anos, antes de iniciar uma carreira a solo, que encetou com “Ave Mundi Luminar”, em 1993.

Desde então, já trabalhou com músicos como Ryuichi Sakamoto, Ludovico Einaudi e a vocalista dos Portishead, Beth Gibbons.