“Esta exposição propõe uma dupla conversa: por um lado, entre dois ateliês de arquitetura [o OFFICE, de Geers e Van Severen, e de Go Hasegawa] e, por outro, entre cada um deles, e a história da arquitetura”, escreve Serralves na apresentação da nova mostra, hoje inaugurada pelas 19:00, e patente na Biblioteca até 15 de outubro.

A exposição foi comissariada por Giovanna Borasi, curadora geral do Canadian Centre for Architecture (CCA), instituição que organizou a mostra, agora adaptada pelo curador adjunto dos programas de arquitetura do Museu de Serralves, Carles Muro.

Exibida pela primeira vez no CCA, de 10 de maio a 15 de outubro de 2017, a exposição divide-se em sete galerias temáticas, com destaque para “A View with a Room”, que apresenta “uma perspetiva imersiva de um projeto de cada um dos estúdios, criada e impressa em tecido pelo OFFICE”.

Em “Common Ground” estarão expostos 12 projetos dos dois estúdios, em modelos criados por Hasegawa, enquanto “Through Your Eyes” mostra fotografias do italiano Stefano Graziani dos principais trabalhos de Geers e Van Severen e do arquiteto japonês.

A exposição conta ainda com desenhos e esquiços dos três arquitetos, num exercício que visa “investigar e interrogar ideias atuais no pensamento e prática”.

Na sexta-feira, o auditório de Serralves recebe duas palestras e um debate, todos de entrada gratuita, com o japonês Go Hasegawa programado para as 18:30, e os dois belgas do Office, pelas 19:30, antes de os três conversarem com Giovanna Borasi e Carles Muro.

De um lado, o ateliê OFFICE, de Kersten Geers e David Van Severen, sediado em Bruxelas, do outro, o japonês Go Hasegawa & Associates, de Tóquio, em ambos os casos destacados como “vozes muito presentes e ouvidas com força na conversa mais ampla que a disciplina da arquitetura está a desenvolver nesta segunda década do século XXI”.

Segundo a fundação portuense, os três arquitetos “pertencem a uma geração nascida na segunda metade dos anos 1970” e têm produzido “uma série de projetos e obras” enquanto mantêm “uma clara posição teórica”.