O ciclo, intitulado “Foco Famílias”, insere-se no Paralelo – programa de aproximação às artes performativas, medida do Teatro Municipal do Porto que permite oferecer oficinas e outras atividades a um público mais novo de forma paralela às récitas de teatro e dança no Teatro Rivoli e no Teatro do Campo Alegre.

O foco arranca na sexta-feira, pelas 19:00, com um único evento aberto ao público: uma oficina para pais e professores com os belgas Joke Laureyns e Kwint Manshoven, coreógrafos de “Horses”, apresentada em estreia nacional no Rivoli.

A oficina serve como “um encontro lúdico entre os coreógrafos e os participantes” sobre “a dança na sua forma mais pura e essencial: a articulação de um corpo em movimento”, aponta o sítio oficial da instituição na Internet.

O espetáculo de dança, da companhia belga kabinet k, será apresentado pelas 19:00 de sábado e é um dos grandes destaques do ciclo, “um encontro entre cinco crianças e cinco adultos” que partilham desafios e a confiança uns nos outros.

“‘Horses’ é sobre querer ser um adulto e em simultâneo permanecer uma criança, sobre o poder e a vulnerabilidade, sobre carregar e ser carregado”, pode ler-se no ‘site’ do Rivoli.

O evento contará ainda com uma sessão de “Aquecimento Paralelo”, entre as 16:00 e as 17:00 de sábado, no âmbito da iniciativa levada a cabo com o público antes das récitas, e que desta feita contará com Maria Mamede e Constança Mamede, crianças que serão acompanhadas por Sara Moreira, do Ginasiano.

Numa combinação de teatro, música e cinema, “Crevescer”, peça de teatro produzida pela Companhia Caótica, apresenta personagens com quem os adultos se podem identificar, como António-Pedro, que “não quer fazer anos”, ou Gonçalo, mais próximo dos mais novos por “só querer fazer ginástica”.

António-Pedro, fundador da companhia, e Gonçalo Alegria assumem os dois papéis principais na peça sobre “o que há de comum e de diferente entre crescer e envelhecer” e cruza teatro, cinema e música no Café-Teatro do Campo Alegre, pelas 15:30.

O cinema também entra na programação para famílias, com duas sessões no sábado, começando pelas 11:00, com o filme francês “Les triplettes de Belleville”, realizado por Sylvain Chomet e nomeado, em 2004, para o Óscar de Melhor Filme de Animação, e “Os Desastres de Sofia” (2016), de Christophe Honoré, pelas 15:30.

A banda de música eletrónica portuense Holy Nothing juntou-se ao artista plástico Rui Monteiro para a criação de uma “instalação artística participativa”, através de um cenário que utiliza luz e som para que o espetador possa “controlar a cadência evolutiva do espetáculo”, atravessando concertos da banda portuense e o trabalho de investigação do artista.

O público é convidado “a ocupar o lugar de ‘performer’” e a interagir com sintetizadores, focos de luz ou ‘drum machines’ utilizadas para criar “HN + RM.

Na manhã de sábado, espaço ainda para duas oficinas, “Tal e Qual”, orientada por Miguel do Vale e para crianças de quatro a seis anos, e “Jogo das cadeiras sem lugar marcado”, com Henrique Apolinário e Rosário Costa.