As candidaturas para selecionar a nova direção artística para o período 2025-2028 estão abertas até ao dia 13 de novembro, sendo selecionados, no máximo, cinco candidatos para posterior entrevista, lê-se num comunicado.
Das orientações estratégicas definidas para aquele quadriénio, destaca-se a valorização da produção própria, a divulgação dos repertórios e o estímulo às novas escritas, a ênfase na formação e na direção de atores, o aprofundamento da responsabilidade social da instituição, a ampliação do raio de ação nacional, o desenvolvimento da vocação internacional e a afirmação de um polo de conhecimento e pensamento.
De acordo com as alterações aos estatutos dos teatros nacionais, introduzidas em 2023, o mandato da nova direção artística terá a duração de quatro anos, com a possibilidade de duas renovações, por iguais períodos, e a sua designação pela Ministra da Cultura passa a ser precedida de um concurso internacional.
O júri do concurso, designado pela Ministra da Cultura, é composto por Pedro Sobrado, presidente do Conselho de Administração do TNSJ e presidente do júri; Cláudia Leite, vogal do Conselho de Administração do TNSJ; Alexandra Moreira da Silva, professora na Universidade Sorbonne Nouvelle – Paris III, investigadora teatral e tradutora; Luísa Costa Gomes, contista, romancista, dramaturga e tradutora; e Salvador Santos, produtor e gestor cultural, tendo sido diretor de Produção do Teatro Nacional D. Maria II e do TNSJ e vogal do conselho de administração do TNSJ entre 2007 e 2015.
Nuno Cardoso assumiu a direção artística do TNSJ em janeiro de 2019 – sucedendo no cargo a Nuno Carinhas (2009-2018) – tendo sido reconduzido em julho de 2022 para o triénio de 2022-2024.
No TNSJ, o encenador e ator Nuno Cardoso dirigiu, nos últimos anos, peças como “A Morte de Danton”, de Georg Büchner, "Bella Figura", de Yasmina Reza, "Castro”, de António Ferreira, "O Balcão", de Jean Genet, "Espectros", de Henrik Ibsen, "Lear", de Shakespeare, e "Ensaio Sobre a Cegueira", a partir de José Saramago, além produções próprias como "Achadiço".
Antes, Nuno Cardoso já levara aos palcos do TNSJ peças como "O Despertar da Primavera", de Wedekind, "Woyzeck", de Büchner, e "Platónov", de Tchékhov.
Durante a sua direção artística, que coincidiu com o centenário do TNSJ e o encerramento para obras, em 2021, além da pandemia de covid-19, o teatro acolheu igualmente outros encenadores e companhias, como os antigos diretores Ricardo Pais e Nuno Carinhas, e produções como "Kastrokriola", do dramaturgo cabo-verdiano Caplan Neves.
Em 2022, na sequência da invasão militar da Ucrânia e da crise humanitária daí decorrente, o TNSJ lançou o projeto "Ucrânia - Palco Livre", que em maio concedeu bolsas a sete artistas ucranianos refugiados em Portugal.
Em 2016, Nuno Cardoso recebeu o prémio da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), na categoria de melhor espetáculo, pela encenação de "Demónios", de Lars Norén.
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