“Cabarética” é uma homenagem dos atores e encenadores João Telmo e Martim Pedroso ao teatro de ‘vaudeville’, em que, numa apropriação do registo de cabaré, a Nova Companhia se aventura na construção de um discurso jocoso e cáustico sobre a sociedade atual, não deixando de refletir sobre a situação política, geracional e psicossocial.
O ciclo, a cumprir uma vez por noite, de 7 a 25 de fevereiro, integra dois espetáculos, um deles com encenação de Marlyn Ortiz, e uma ‘performance’ de fecho, de caráter burlesco, protagonizada pela bailarina e treinadora pessoal, e abre a programação da Nova Companhia para 2018.
O primeiro espetáculo é uma reposição de “Kiki”, da autoria de João Telmo, sob a sua direção, desta vez com a atriz Carla Bolito. A peça é inspirada na vida de Kiki de Montparnasse — Alice Ernestine Prin, conhecida como Kiki ou rainha de Montparnasse – uma modelo, cantora de ‘boîte’, atriz e pintora, apresentada como “incontornável personagem da burguesia parisiense nos anos de 1920 e 1930″.
Em cada representação, segue-se a nova criação “Bas fond”, de João Telmo e Martim Pedroso, que também faz apoio à dramaturgia. Trata-se de um texto a duas vozes, criado por e para os dois protagonistas da Nova Companhia.
Durante esta sequência, João Telmo e Martim Pedroso colocam questões absurdas sobre o mundo e o espetáculo, através das quais procuram rir e chorar com o público, “quais palhaços esquecidos numa noite de Lisboa”.
Este segmento conta com apoio ao movimento de Marlyn Ortiz, bailarina, coreógrafa, especialista em ‘fitness’, criadora de espetáculos de cabaret, que esteve em digressões de Madonna como “Re-Invention” (2004) e “The Rebel Heart” (2015-2016), a mais recente, já como treinadora pessoal da criadora de “True blue” e “Like a prayer”.
Ortiz fez também parte de digressões de músicos como Britney Spears, Jennifer Lopez, Katy Perry, Taylor Swift, Black Eye Peas, Usher e Mariah Carey.
Ao longo das duas semanas em que “Cabarética” vai estar em cena, “Bas fond” vai contar também com um convidado especial, sempre diferente, “que partilhará com o público e com os atores um momento surpresa do espetáculo”.
“Cabarética” encerra com o burlesco que cria a personagem “Lady M”, interpretada por Marlyn Ortiz.
Lady M é “uma latina enérgica, sensual e carismática”, que conduz os espetadores “num périplo sensual e provocador”. “Surpreende-nos com o seu ‘booty shaking’, as suas rotações alucinantes e a sua flexibilidade”, lê-se na apresentação do espetáculo.
“Lady M é fogo puro e, o mais provável, é sermos todos incendiados por ela”, garante a Nova Companhia.
A peça vai estar em cena de 7 a 25 de fevereiro, com espetáculos de quarta-feira a domingo, às 21:30.
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