O alargamento do projeto começou a ser preparado no final de 2016 e disponibiliza agora aos visitantes o acesso também às fábricas Flexitex, de produção de têxteis para colchoaria, e Molaflex, que concebe colchões e complementos de descanso, assim como à empresa Bulhosas, de artes gráficas e injeção de plásticos.
As três novas unidades passam assim a integrar o roteiro que, desde o seu lançamento em 2012, já levou mais de 100 mil visitantes às produtoras de calçado Evereste e Helsar, à fábrica de lápis Viarco, à empresa de passamanarias Heliotêxtil, à Cortadoria Nacional do Pêlo e à unidade de feltros para chapéus Fepsa, assim como à Academia de Design e Calçado, ao Centro Tecnológico do Calçado de Portugal, aos museus do Calçado e da Chapelaria e à Oliva Creative Factory.
"Um dos principais fatores do sucesso do Turismo Industrial é a articulação existente entre o município, enquanto entidade promotora e coordenadora do projeto, e as empresas e instituições que integram os circuitos, proporcionando aos turistas a oportunidade de conhecerem as principais marcas do nosso património genético industrial", declarou hoje à Lusa o presidente da autarquia, Ricardo Oliveira Figueiredo.
Segundo o autarca "volvidos cinco anos desde o lançamento do projeto, o Turismo Industrial de São João da Madeira continua a ser inovador em diversos aspetos”.
"Tem características únicas em Portugal e é também várias vezes referenciado a nível internacional, pelo que, com a entrada no programa destas três empresas, cumpre agora mais uma etapa do seu crescimento e afirmação", realça.
Segundo a autarquia, a Bulhosas foi fundada em 1935, teve sempre como principal atividade a impressão de etiquetas e rótulos para várias gamas de produtos e é "um exemplo de adaptação à mudança dos tempos". A unidade inclui uma sala-museu em que vai ser possível conhecer a história da empresa e algumas das suas máquinas mais antigas, antes de a visita passar às secções onde se poderão apreciar os seus métodos de produção atuais.
A Flexitex, por sua vez, foi criada em 1964, dedica-se à produção de têxteis para revestimento de colchões e dará a conhecer uma linha de produção em que se destacam teares gigantes para fabrico de tecido em padrões "jacquard" e teares redondos para criação de malhas.
Já a Molaflex está ativa desde 1951, foi "pioneira no fabrico de colchões de molas em Portugal" e é agora uma das marcas de referência do mercado português, exportando para países como Espanha, Inglaterra, Brasil, Chile e Cuba.
Com o alargamento a essas três unidades, o circuito de Turismo Industrial de São João da Madeira passa assim a cobrir uma amostra maior do "legado industrial da cidade", abrangendo desde empresas mais tradicionais às de base criativa e tecnológica.
O objetivo é demonstrar a capacidade de "inovação e diversidade" produtiva do município que "desde o século XX tem um lugar de destaque na industrialização do país".
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