São um dos símbolos que identificam o Reino Unido, durante o século XX foram essenciais para as comunicações dos britânicos, hoje são apreciadas por milhares de turistas que tiram fotos nas típicas cabines vermelhas. Desenhadas por Giles Gilbert Scott, chegaram a ser mais de 30 mil, hoje são cerca de 8 mil as que resistiram a uma extinção anunciada.

Com a viragem do milénio, os telefones fixos deixaram de fazer parte das comunicações dos britânicos e as cabines pareciam ter o desmantelamento como destino certo. Até que a necessidade de espaços para a instalação de "micro-negócios" foi crescendo no Reino Unido, e alguém se lembrou de começar a instalar lojas dentro destas pequenas cabines com um metro quadrado.

Os primeiros negócios a surgir foram as cafetarias e os espaços para refeições ligeiras, mas depressa o negócio se alargou para outras áreas: livrarias, galerias de arte e até oficinas de reparação de bicicletas. Os empreendedores que procuravam espaços baratos e acolhedores encontraram nas cabines telefónicas o sítio ideal para desenvolverem o seu negócio. 

Também existem cabines que ganharam novas funcionalidades não comerciais, como é o caso das cabines que se transformaram em pontos de primeiros socorros equipadas com desfibriladores e as cabines que são pontos de carregamento para smartphones.

A Red Kiosk aluga este tipo de equipamentos por 11,36 euros diários (mais IVA), valores relativamente baixos tendo em conta a realidade britânica. Esta empresa pede aos empreendedores que "pensem fora da caixa" e que tenham novas ideias de negócio que podem potenciar graças a este "ícone britânico".

De acordo com a BT, a operadora responsável pelas cabines telefónicas desde privatização que aconteceu nos anos 80, uma em cada três cabines telefónicas é usada menos de uma vez por mês.