Em comunicado, a Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês), revelou que o Comité do Património Mundial se vai reunir em Riade, na Arábia Saudita, entre 10 e 25 de setembro para analisar 53 candidaturas, algumas das quais não puderam ser votadas no ano passado.
Entre estas inclui-se a proposta de classificação dos jardins e do edifício da Gulbenkian, um conjunto com “um caráter único de valor universal excecional, amplamente reconhecido e apoiado por intelectuais, especialistas e artistas de renome mundial”, como se pode ler na justificação do valor universal da candidatura.
“Desenhado entre 1959 e 1969 pelos arquitetos Alberto Pessoa (1919-1985), Pedro Cid (1925-1983) e Ruy Jervis d’Athouguia (1917-2006), com os arquitetos paisagistas António Vianna Barreto (1924-2013) e Gonçalo Ribeiro Telles (1922-2020), o edifício sede e parque contribuíram para a afirmação da modernidade no mundial, combinando vários aspetos de criatividade e inovação do génio humano”, pode ler-se no texto da lista indicativa, onde a candidatura foi incluída em 2016.
Já em relação a Guimarães, cuja candidatura para ampliação da área classificada passou a integrar a lista indicativa também em 2016, a Câmara Municipal propôs “duplicar a área classificada, inscrevendo a Zona de Couros na lista indicativa para obter o estatuto de Património da Humanidade”, como se podia ler num comunicado da autarquia de 2015.
“No caso de a candidatura ser bem-sucedida, a área de proteção passará a ser cinco vezes superior à atual, criando-se uma zona tampão desde o topo da montanha da Penha, onde nasce a ribeira de Couros, à Veiga de Creixomil, foz de cursos de água”, acrescentava o texto.
O Centro Histórico de Guimarães está classificado como Património Mundial desde 2001.
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