Cada um dos filmes soma quatro nomeações, entre as principais da Academia – Filme Europeu do Ano (Melhor Filme), Melhor Realizador, Melhor Argumento, Melhor Atriz (Alexandra Borbély, “On Body and Soul”) e Melhor Ator (Claes Bang, “O Quadrado”).

O filme “On Body and Soul”, de Ildikó Enyedi, centra-se na relação de um deficiente com uma mulher com a Síndrome de Asperger, foi distinguido em Berlim, no passado mês de fevereiro, e a coprodução sueca-alemã “The Square” (“O Quadrado”), de Ruben Östlund, premiada em Cannes, em Maio, estreia-se este mês em Portugal.

Nos candidatos com maior número de nomeações – três, cada – segue-se “Loveless”, de Andrey Zvyagintsev, uma coprodução russa, belga, alemã e francesa, e “The Killing of a Sacred Deer”, do grego Yorgos Lanthimos – Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Argumento.

O filme do finlandês Aki Kaurismäki, “O Outro Lado da Esperança”, em exibição em Portugal, que aborda a questão dos refugiados, soma duas nomeações – Melhor Filme e Melhor Realizador.

O drama francês “120 Batimentos por Minuto”, de Robin Campillo, centrado no grupo ACT UP, que, no início dos anos de 1990, promoveu ações em defesa da prevenção e do tratamento da sida, é o sexto candidato a Melhor Filme. “120 Batimentos por Minuto” recebeu o Prémio Especial do Júri em Cannes e tem estreia portuguesa anunciada para janeiro.

“Happy End”, do austríaco Michael Haneke, soma as nomeações para Melhor Ator e Melhor Atriz, pelos desempenhos de Jean-Louis Trintignant e Isabelle Huppert.

Para Melhor Atriz estão ainda nomeadas Paula Beer (“Frantz”), Juliette Binoche (“Bright Sunshine”), Isabelle Huppert (“Happy End”) e Florence Pugh (“Lady Macbeth”); para Melhor Ator, Colin Farrell (“The Killing of a Sacred Deer”), Josef Hader (“Stefan Zweig – Adeus Europa”) e Nahuel Pérez Biscayart (“120 Batimentos por Minuto”).

“A Fábrica de Nada”, de Pedro Pinho, estava pré-selecionado para os prémios da Academia Europeia de Cinema, mas acabou sem nomeações.

A curta-metragem “Os Humores Artificiais”, de Gabriel Abrantes, é única produção portuguesa entre os finalistas. O filme conseguiu a nomeação no Festival de Berlim, em fevereiro, e deu a Gabriel Abrantes o prémio de realização, no “Curtas” de Vila do Conde, em julho.

Os candidatos a Melhor Documentário europeu incluem “Austerlitz”, de Sergei Loznitsa (Alemanha), “Comuna”, de Anna Zamecka (Polónia), “La Chana”, de Lucija Stojevic (Espanha/Islândia/EUA), “Stranhger in Paradise”, de Guido Hendrikx (Holanda), e “The Good Postman”, de Tonislav Hristov (Finlândia/Bulgária).

O filme compete com outras 14 “curtas” originárias da Grécia, Suíça, Suécia, Holanda, Hungria, Turquia, Espanha, Irlanda, Alemanha, Áustria, Roménia e França, deixando para trás a longa-metragem “A Fábrica de Nada”, de Pedro Pinho, que se encontrava entre os pré-selecionados para os candidatos a filme europeu do ano.

Os Prémios Europeus de Cinema serão entregues na gala da academia, a 09 de dezembro, em Berlim.

As nomeações foram anunciadas hoje no Festival de Cinema Europeu de Sevilha.

A lista completa de nomeados está disponível em www.europeanfilmawards.eu.