O vereador do pelouro da Cultura, José Maria Magalhães, afirmou à agência Lusa que o turismo em Vila Real está a crescer de “forma sustentada”, com destaque para os meses de verão, mas também nesta altura da Páscoa.

O Palácio de Mateus continua a ser o ex-líbris do concelho, mas, segundo o responsável, de ano para ano, este destino afirma-se para lá dos muros deste monumento histórico.

Em 2017, Mateus recebeu mais de 100.000 visitantes. Pela Loja Interativa de Turismo passaram 11.000 visitantes no ano passado e o número de dormidas subiu das 50.000 para as 130.000, entre 2013 e 2016.

José Maria Magalhães disse que o atual executivo delineou um plano estratégico quando tomou posse em 2013 que tinha como objetivo “aumentar drasticamente os níveis de notoriedade da marca Vila Real”.

Para o efeito, contou, foi retomado o Circuito Internacional de Vila Real, que inclui o Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC), agora Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), e foi feita uma forte aposta na animação dos meses de verão, com especial destaque para as Festas da Cidade.

O município quer ainda afirmar-se como destino de biodiversidade, apostando no Parque Natural do Alvão (PNA), nos percursos pedestres e no jardim Botânico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), na gastronomia típica como as tripas aos molhos e os covilhetes e os pitos e está, segundo o vereador, a ganhar terreno no turismo religioso.

Exemplo disso foi, salientou, o evento “Via Dolorosa”, que decorreu na quarta-feira para assinalar a Semana Santa e teve como palco locais emblemáticos da cidade, como igrejas e praças.

Para o responsável, os grandes desafios são combater a sazonalidade que ainda afeta este destino e aumentar o número de camas disponíveis no concelho, que ficam aquém das necessidades.

Nos últimos anos, o número de camas em alojamentos turísticos subiu cerca de “20% para as 800” e, segundo o vereador, existem quatro investimentos em hotéis projetados para Vila Real.

A Loja Interativa de Turismo abriu as portas em abril de 2015 para colmatar a lacuna existente na região em termos de informação turística e de apoio ao visitante e passou a ser ponto de “passagem obrigatório”.

José Maria Magalhães disse que, em três anos, passaram por aquele espaço cerca de 35.000 visitantes, dos quais mais de 40% são portugueses, seguindo-se os espanhóis (19%), franceses (19%) e depois ingleses, alemães e brasileiros.

A maioria dos turistas que visita a cidade, que quer ser porta de entrada para o Douro, tem idades compreendidas entre os 40 e 60 anos e viaja acompanhada pelos filhos.

Carla Gonçalves trabalha na loja há dois anos e desempenha o papel de guia, realizando visitas informais com grupos pelo centro histórico da cidade.

“Têm aumentado as visitadas guiadas a Vila Real. O palácio de Mateus é o ex-líbris mas os visitantes querem também conhecer o centro histórico, o património e cultura”, afirmou à Lusa.

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