Hoje, os dois músicos sobem ao palco do Teatro Poly, em Pequim, seguindo para Dalian, no sul da província de Liaoning, onde atuam na sexta-feira e domingo, respetivamente, no Grande Teatro e no Clube do Teatro do Povo.
Na próima terça-feira, Carlos Damas e Rúben Lorenzo tocam em Jilin, no Grande Teatro, e, no dia seguinte em Wulan Haote, onde sobem ao palco do Teatro Palácio.
No dia 20 de abril, Carlos Damas e Rubén Lorenzo atuam em Shijiazhuang, no Grande Teatro, encerrando a digressão, no dia seguinte, com um recital no Teatro Cultural, em Dongguan, na província de Guangdong.
O violinista português, que se estreou como solista na China em 1997, afirmou à agência lusa que está “curioso” relativamente a esta digressão, pois, quando aí esteve pela primeira vez, “o público chinês ainda não sabia como reagir a uma peça de música clássica [ocidental], mas entretanto, a China, neste aspeto, evoluiu muito”.
“Estou entusiasmado e curioso, pois nunca fiz uma digressão, em formato recital, com tantos concertos, por outro lado; são salas muito grandes, nunca toquei em salas desta dimensão, e creio até que não as temos em Portugal”, disse o violinista à Lusa.
A lotação das sete salas em que vai tocar Carlos Damas oscila entre os 1.500 e os 3.000 lugares.
O programa da digressão é constituído pela Sonata Inacabada, último trabalho de António Fragoso, que morreu há cem anos, “sendo esta uma forma de lhe prestar homenagem”, a Sonata n.º 1, e a peça “La Oración del Torero”, de Joaquín Turina, a Sonata n.º 8, de Beethoven, e “algumas peças de compositores chineses, que não estão no programa”, como, por exemplo, “Excelente Serão”, peça de um tocador de ‘erhu’, adaptada para violino e piano.
O convite para esta “extensa digressão”, em formato de recital de violino e piano, surgiu há quatro anos, tendo só sido possível concretizar este ano, por motivos de agenda, disse à agência Lusa o violinista, que já se apresentou na China, nomeadamente com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, da qual faz parte, entre 29 de dezembro de 2009 e 06 de janeiro do ano seguinte.
Nascido em 1973, em Coimbra, onde iniciou os estudos musicais, no conservatório local, Carlos Damas faz parte da Orquestra Metropolitana de Lisboa, e, paralelamente, desenvolve uma carreira como solista, tendo editado dez álbuns, o mais recente, em 2016, com obras para violino de Jean Sibelius.
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