Integrados no ciclo Jazz na Relva, o grupo assume a fusão de vários estilos como uma das principais forças na música instrumental que criam, e querem agora aproveitar uma oportunidade “que qualquer banda em Portugal gostava de ter”, explicou à Lusa o baterista, Hugo Couto.
Estar no festival nortenho deixa-os “muito gratos, é daquelas coisas de encher o coração”, e o próprio evento está recheado de memórias e “sentimentos” para os próprios elementos.
“Estamos com ganas, ansiosos de poder tocar esse concerto, num local que para nós significa muito. (...) Eu já vou a Paredes de Coura desde 2003, fui a mais de dez edições, e isto cria-nos emoções por participarmos em algo que é representativo daquilo que é o melhor da música alternativa de Portugal e lá fora”, acrescentou.
No concerto, vão tocar “o álbum na íntegra”, com “muita vontade de acordar as pessoas que estão no relvado”, num momento em que “o público está a relaxar e a descansar”.
“Temos uma sonoridade intensa, vibrante e energética, e vamos certamente ‘tirar’ as pessoas do sono. Este é o objetivo”, apontou.
O objetivo do grupo, que junta Hugo Couto, na bateria, a Sérgio Alves (baixo), Gonçalo Carneiro (guitarra), Sílvio Ren (guitarra) e Lucas Palmeira (sintetizadores), sempre foi “sair um bocado da caixa” e fugir do ‘mainstream’ para aplicar várias referências diferentes e encontrar um público que venha de géneros diferentes, “como o post-rock, o math-rock ou a fusão jazz”, além de ancorarem “mais de 70% das influências na música eletrónica”.
“O nosso som é certamente único, sabemos disso e temos muito orgulho. Vivemos isso de forma muito intensa. (...) Esta capacidade da nossa sonoridade de cativar várias pessoas de várias áreas e estilos, ou preferências musicais, realmente cabe muito bem em Paredes de Coura, porque o festival também é isto”, acrescentou Hugo Couto.
O primeiro longa duração, “Cacau”, foi lançado em abril deste ano e segue-se a um EP homónimo, do final de 2017, e tem sido “muito bem recebido”, apontou o baterista.
“Tivemos uma resposta muito positiva da imprensa especializada, especialmente ligada à alternativa e ‘underground’. Mesmo ao vivo, a receção do público tem sido ótima, porque o público é inteligente e sabe qual é a energia que estamos a dar em palco”, referiu.
Depois das “emoções” da praia fluvial do Taboão, a banda segue para o Indie Music Fest, na freguesia de Baltar, em Paredes, de 30 de agosto a 01 de setembro, antes de terem “mais um ou outro concerto” prévio a novo trabalho de preparação de um novo disco, previsto “para 2019”.
De quarta-feira a sábado, a 26.ª edição do Vodafone Paredes de Coura leva à praia fluvial do Taboão nomes internacionais como Arcade Fire, Pussy Riot, Fleet Foxes, Jungle, Kevin Morby, King Gizzard & The Lizard Wizard ou Slowdive, além de projetos nacionais como The Legendary Tigerman, Linda Martini, Dead Combo ou Ermo, entre muitos outros.
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