O novo museu minimalista, focado na fase inicial da escola fundada por Walter Gropius, em 1919, tem o formato de um cubo, com uma “impressionante iluminação noturna”, apresentando a coleção mais antiga da Bauhaus num espaço de dois mil metros quadrados, revela a Fundação Klassik de Weimar.
O espaço, desenhado pelo arquiteto Heike Hanada, destaca a história da Bauhaus, explorando questões relacionadas ao design nos dias de hoje e no futuro. Parte da Pergunta de Gropius: “Como queremos viver juntos?”
“No centro do nosso conceito está o objetivo de apresentar o modernismo como uma batalha de ideias concorrentes, exemplificada pelos objetos expostos (…) O aparecimento da Bauhaus há 100 anos recorda-nos que também somos os projetistas do nosso mundo e devemos continuar assim”, revela Hellmut Seemann, o presidente da Fundação Klassik de Weimar.
Foram necessários “muitos anos de planeamento e construção”, destaca o aquiteto Heike Hanada, sublinhando que “o momento finalmente chegou”.
“É a conclusão de um prédio com uma impressionante presença urbanística. O museu é reduzido a uma forma claramente definida. O edifício de betão cinza claro dá ao cubo uma estabilidade e solidez dinâmica. A ligação entre a cidade e o parque foi muito importante para mim, já que o museu é definido pela sua função na esfera pública. Isso reflete-se nos espaços abertos e nas escadas em cascata que convidam as pessoas a passear”, descreve.
A escola Bauhaus abriu em 1919 em Weimar, mas mudou-se em 1925 para Dessau devido à pressão económica e política exercida pelo partido político de Hitler, que ganhava cada vez mais poder no sul do país. O regime nazi acabaria por conduzi-la ao encerramento definitivo em 1933.
O novo museu foi construído nas proximidades do “Gauforum”, edifício construído precisamente na época do nazismo, em 1937, que acolhe a exposição permanente “Trabalhos Forçados”, algo que foi propositado.
“Permite-nos não apenas discutir as ideias desta influente internacionalmente escola de arte, arquitetura e design, mas também discutir as ruturas e ambivalências do modernismo que convergem em Weimar”, sublinha Benjamin-Immanuel Hoff, ministro da Cultura da Turíngia, que se congratulou por ter sido possível planear e construir o museu dentro do prazo.
As celebrações da inauguração do novo museu da Bauhaus em Weimar estendem-se durante todo o fim de semana, com concertos, leituras, projeção de filmes, teatro, música eletrónica, entre outros, revela a organização.
A entrada, durante estes dois dias, é gratuita.
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