“Estamos quase lá e a expectativa é que se consiga chegar a um consenso antes do Conselho Europeu, portanto, o assunto não terá, espero, de ser levado aos chefes de Estado e de Governo [da UE]”, disse, em declarações aos jornalistas em Bruxelas, Gomes Cravinho, que hoje participou numa reunião com os seus homólogos da UE.
O 12.º pacote de sanções impostas à Rússia, que inclui um reforço das sanções às exportações de petróleo russo, já em vigor, e abrange ainda os diamantes, foi anunciado pela Comissão Europeia em 15 de novembro.
Segundo um comunicado, Bruxelas propôs “a adoção de novas proibições de importação e exportação, bem como de medidas destinadas a reforçar o limite máximo do preço do petróleo e a combater a evasão às sanções da UE, bem como medidas para limitar as exportações de diamantes pela Rússia”.
O filho do ex-Presidente Dmitri Medvedev e uma familiar do atual chefe de Estado, Vladimir Putin, estarão entre os nomes a acrescentar à lista de pessoas sujeitas a medidas restritivas na sequência da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Na semana passada, os países do G7 (grupo no qual a UE está também representada) decidiram proibir, a partir de janeiro, as importações de diamantes não-industriais de origem russa, incluindo os diamantes extraídos, transformados ou produzidos na Rússia.
Os líderes dos Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido anunciaram na mesma ocasião que, a partir de 01 de janeiro de 2024, haverá também um veto aos diamantes processados em países terceiros.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
A reunião do Conselho Europeu, na qual Portugal estará representado pelo primeiro-ministro em exercício, António Costa, decorre na quinta e sexta-feira, em Bruxelas.
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