De acordo com o município, em comunicado, o programa comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril inclui dezenas de iniciativas que se estendem até dezembro de 2024 com o objetivo de “consolidar e reforçar os valores de abril“.

O programa está a ser construído em colaboração com as juntas de freguesia do concelho, Assembleia Municipal, Associação 25 de Abril, Associação José Afonso, coletividades e movimento associativo local, indicou a autarquia.

Entre as ações previstas para 2024 está a criação e instalação de obras de arte pública, dos mais reputados artistas nacionais, na vila de Grândola e em todas as freguesias do concelho com o objetivo de reforçar o princípio da democratização do acesso e fruição da arte.

Neste âmbito, será convidado “um nome relevante da pintura nacional” para a elaboração de uma serigrafia alusiva aos 50 anos do 25 de Abril, explicou o município do litoral alentejano.

“Em 2024, serão inaugurados os núcleos museológicos do Museu Mineiro do Lousal, de Grândola, Vila Morena e de Etnografia - Casa Frayões Metellos, consolidando, 50 anos depois de Abril, o Museu Polinucleado de Grândola”, lê-se na nota.

Foi igualmente delineado um projeto para a criação, com a participação da comunidade, de uma obra de arte urbana na localidade de Canal Caveira, em colaboração com a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.

No programa está também previsto “o lançamento de uma coleção de 25 postais, com textos e ilustrações inéditas de 50 autores, a edição de um livro para a infância sobre a história da canção “Grândola, Vila Morena” e de um livro sobre os antigos Paços do Concelho”.

Nas artes de palco, o destaque vai para o programa musical “Cantar de Novo”, que vai contar com a participação de grandes nomes de várias gerações da música portuguesa, que utilizam a canção como arma.

“Em 17 de maio, será recriada a sessão de 1964, que motivou José Afonso a escrever o poema 'Grândola, Vila Morena', assinalando um conjunto de iniciativas que terminarão no dia 31 de maio, com um recital de poesia, comemorando o dia em que a primeira versão do poema foi lida em sessão pública na Música Velha”, revelou a autarquia.

Além do Encontro da Canção de Protesto, em junho, o programa inclui peças de teatro, espetáculos de dança, colóquios, debates, encontros com autores e apresentações de livros.

Na área do cinema, serão visionadas, em Grândola, várias obras do Festival Política, entre outras peças cinematográficas e documentários.

No âmbito da cooperação internacional, o programa vai dar relevo ao apoio do município alentejano à celebração dos 50 anos de libertação dos presos políticos do Campo de Concentração do Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde.

No comunicado, o município revelou que, em 2024, pretende homenagear os capitães de Abril, com a organização de uma “grande iniciativa”, e criar uma imagem gráfica das comemorações do 25 de Abril em Grândola.

Acrescentou ainda que foram estabelecidos protocolos com a Direção Regional de Cultura do Alentejo para a classificação de dois registos sonoros como património fonográfico e, com a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, para o tratamento arquivístico do acervo da coletividade com vista à sua classificação como entidade municipal e nacional.