De acordo com números não oficiais, o voto “sim” liderou com 51,37% quando estavam contados mais de 99% dos votos, dando assim a vitória a Erdogan, que fica com via aberta para uma reforma constitucional que irá reforçar os seus poderes como presidente.
Segundo a Reuters, os observadores dos 47 membros do Conselho da Europa já tinham afirmado que o referendo era uma disputa desigual. O apoio à cobertura da campanha “sim” dominou e os meios de comunicação social, as detenções e o encerramento de órgãos de comunicação social contribuíram para silenciar outras visões, dizem.
Korun refere que também existem algumas questões sobre a própria votação, nomeadamente sobre “o facto de a lei só permitir envelopes oficiais de votação e a mais alta autoridade eleitoral ter decidido - contra a lei - que envelopes sem selo oficial deviam ser admitidos”.
“Há uma suspeita de que até 2,5 milhões de votos podem ter sido manipulados”, diz a deputada austríaca.
Alev Korn também denunciou o facto de a polícia ter impedido dois dos seus colegas de entrar nos locais de votação, na cidade de Diyarbakir. A divulgação de vídeos nas redes sociais, que parecem mostrar pessoas a votar mais do que uma vez, são outro caso a ser investigado.
“Estas queixas têm de ser levadas a sério e, em qualquer um dos casos, poderiam levar à mudança do resultado das votações”, disse Korun.
A oposição pró-curda apresentou queixa por causa dos boletins não estampados, o que afeta 3 milhões de eleitores, mais do que o dobro da margem de vitória do presidente Tayyip Erdogan.
O presidente rejeitou entretanto estas críticas.
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