500 dias. É esta a contabilização desde o início da guerra na Ucrânia. Muitos foram os líderes mundiais que não esqueceram a data e não se esqueceram também de voltar a manifestar o apoio à Ucrânia e a Zelensky, presidente ucraniano.

António Costo, Primeiro-Ministro de Portugal, foi um dos primeiros, tendo telefonado inclusivé para o líder ucraniano.

"Foram já 500 dias de guerra a mais. A Rússia deve cessar imediata e incondicionalmente esta agressão, retirando as suas forças no respeito pela soberania e pela integridade territorial da Ucrânia", escreveu ainda Costa.

Quem também não esquece esta data foi a líder da Comissão Europeia, Von der Leyen

“Quinhentos dias de guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia. Quinhentos dias de corajosa resistência ucraniana. Quinhentos dias de firme apoio europeu à Ucrânia. Estaremos com a Ucrânia o tempo que for necessário”, publicou Von der Leyen numa mensagem no Twitter.

No total, desde o início da guerra, a ajuda da União Europeia (EU) à Ucrânia, país candidato à adesão ao bloco europeu, ascende a mais de 70 mil milhões de euros, incluindo apoio financeiro, humanitário, orçamental de emergência e militar.

Os Estados-membros e as instituições financeiras europeias contribuíram com estes fundos, que também suportam os recursos disponibilizados para ajudar os Estados-membros a satisfazer as necessidades dos ucranianos em fuga da guerra.

Também a Presidente da Moldova, Maia Sandu, agradeceu hoje em comunicado aos soldados e ao povo ucraniano por resistirem à agressão russa por 500 dias e, assim, trazerem a paz ao seu país, vizinho da Ucrânia.

“Graças à coragem dos militares ucranianos, graças à resistência da população civil, temos paz na Moldova”, afirmou.

A Moldova é igualmente candidata a Estado-membro da UE e tem estado sob constantes ameaças e ações de desestabilização por parte de Moscovo.

Sandu afirmou que o seu país, como parte da comunidade internacional, “unirá forças com a Ucrânia para responsabilizar a Rússia pelos seus crimes de guerra”.

Também destacou que “a Ucrânia vencerá” a guerra, porque “não pode ser de outra forma”.

“Os ucranianos são um povo de paz e estamos com eles”, disse Sandu, garantindo que os ucranianos são e serão bem-vindos na Moldova – que acolheu no início da invasão russa centenas de milhares de refugiados -, e que as estradas e ferrovias do seu país continuarão a levar produtos da Ucrânia para outros mercados.

O Presidente ucraniano assinalou hoje os 500 dias de guerra saudando os soldados do país num vídeo a partir de uma ilha no Mar Negro que se tornou um símbolo da resistência da Ucrânia face à invasão russa.

Ao falar na Ilha das Serpentes, Volodymyr Zelensky honrou os soldados ucranianos que lutaram para defender a ilha e todos os outros defensores do país, dizendo que reassumir o controlo da ilha é “uma grande prova de que a Ucrânia vai reconquistar cada parte do seu território”.

“Quero agradecer — daqui, deste lugar de vitória, — a cada um dos nossos soldados por estes 500 dias”, afirmou Zelenskyy. “Obrigada a todos os que lutam pela Ucrânia”, acrescentou.

*Com Lusa