Os últimos governos têm tido como grande objetivo resolver os problemas de acesso a serviços de água potável e saneamento, mas a verdade é que ainda existem milhares de habitações sem essas condições há muito previstas.
"Há quase 900 mil habitações sem água potável em Portugal Continental, sendo que na maioria dos casos (mais de 600 mil) é uma opção dos proprietários. No entanto, o défice de cobertura é mais alto no Alentejo e no Algarve. Além disso, existem mais de um milhão de casas que não têm saneamento, estando 800 mil alojamentos sem acesso à rede. Tudo isto quando o aumento do preço da água bateu recordes em 2023, com uma subida de 3,29%", lê-se num artigo do Jornal de Notícias desta quinta-feira.
O artigo baseia-se num estudo da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA), que será apresentado hoje no colóquio “A Economia do Setor da Água - Realidade e Planeamento”, em Viana do Castelo, onde é revelado então que "há mais de 874 mil casas que não têm abastecimento de água potável. Destas, cerca de 272 mil casas não têm acesso ao serviço. No entanto, a maioria das habitações (cerca de 605 mil), apesar de dispor de cobertura, optou por não aderir à rede de água potável".
O Alentejo e o Algarve são as zonas do país onde os problemas são maiores. "O défice de cobertura é pior nas regiões do Alentejo (9,4%) e do Algarve (9,5%). Já no Norte e no Centro, apesar do défice de cobertura ser mais baixo, o número de alojamentos que optou por não ter abastecimento de água potável é mais alto (19,8% e 14,7% respetivamente)", diz o artigo.
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