Gosta de contas certas, mas sinaliza que há mais do que uma forma de equilibrar um orçamento — e a receita que defende passa por menos despesa pública, menos impostos e em colocar as empresas como "elemento central" da economia. O objetivo? "Redistribuir a riqueza gerada pelas empresas, ao invés de distribuir o pouco que existe e acabar a redistribuir pobreza".
António Garcia Pereira, no extremo-oposto, defende que quem gera riqueza é quem trabalha e não as empresas. O problema foi que se "destruíram alguns dos setores mais importantes em que éramos os melhores do mundo" para cumprir com o quadro internacional de divisão de trabalho imposto pela União Europeia.
Seja qual for a receita, numa coisa concordam: é preciso reavaliar competências no governo na próxima legislatura. "O ministério do ambiente manda mais do que o ministério da economia", diz Mira Amaral. O ministério que devia "agir como consciência ambiental do Executivo" tem também gestores que gerem interesses económicos em setores fundamentais da economia, nota.
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