"A Europa é o nosso destino, a Europa é o nosso futuro", declarou Albin Kurti em conferência de imprensa conjunta, acrescentando: "Aspiramos ao estatuto de candidato à UE e vamos candidatar-nos até ao final do ano", disse o chefe de governo da antiga província sérvia, cuja independência declarada em 2008 ainda não é reconhecida por Belgrado.
A normalização das relações continua a ser o principal obstáculo no caminho europeu de Pristina e Belgrado, apesar de anos de diálogo sob a égide da UE.
A grande maioria dos países da UE reconhece a independência de Kosovo, mas não a Sérvia, nem os seus aliados russos e chineses, o que impede a sua entrada nas Nações Unidas.
Por seu lado, o chanceler alemão pediu reconciliação entre os dois ex-inimigos, volvidas mais de duas décadas da guerra que custou 13 mil vidas, principalmente kosovares albaneses.
"O que é importante para o Kosovo é que o diálogo Kosovo-Sérvia liderado pela UE está a progredir", disse, argumentando que as duas partes devem "encontrar uma solução política através de um acordo abrangente e duradouro que contribua também para a estabilidade na região".
Olaf Scholz enfatizou a necessidade de combater a influência de Moscovo nos Bálcãs, congratulando-se com o alinhamento de Kosovo nas sanções da UE contra a Rússia, após a invasão da Ucrânia no final de fevereiro.
"O Kosovo demonstrou, "através do (seu) apoio a todas as medidas e sanções da UE, que é um parceiro de confiança que se mantém de perto ao nosso lado e ao lado da comunidade europeia e internacional", realçou o chanceler alemão.
Desde a guerra na Ucrânia, as autoridades kosovares têm insistido na necessidade de "ancorar" ainda mais o seu território no Ocidente e pretendem também juntar-se à NATO.
A Sérvia, por seu lado, condenou a guerra na Ucrânia nas Nações Unidas, mas recusa-se a alinhar com as sanções ocidentais à Rússia.
A viagem relâmpago do chanceler alemão pela região leva-o também a Belgrado na sexta-feira, depois a Salónica (Grécia) e no sábado à Macedónia do Norte e Bulgária.
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