Sua Alteza Real a Princesa das Astúrias chegará às 11h25 à Praça do Império e depois de colocar uma coroa de flores no túmulo de Luís de Camões, no Mosteiro dos Jerónimos, começará um dia de compromissos oficiais acompanhada de Marcelo Rebelo de Sousa.

Por volta das 15h15 e já depois de um almoço oferecido pelo Presidente em Belém a visita vira-se para o tema Oceanos onde a princesa visitará a fundação Ocenano Azul e o Oceanário de Lisboa.

Segundo a Fundação, contactada pelo SAPO24 visita irá iniciar-se com na sala Sophia de Mello Breyner Andresen, onde irá decorrer a sessão de apresentação da Fundação Oceano Azul à visitante e ao Presidente, com presença dos dirigentes da organização. A visita segue depois para o Oceanário onde a filha do Rei de Espanha, Felipe VI, visitará as instalações.

A Fundação Oceano Azul nasceu em 2017, pelas mãos da Sociedade Francisco Manuel dos Santos, com a ambição de criar uma entidade internacional de referência líder na área da conservação do oceano, que promovesse uma agenda mundial do oceano e com uma visão disruptiva da economia azul e das políticas adjacentes.

Depois de 7 anos de um trabalho de sucesso, que contou com diversas parcerias, nomeadamente com a National Geographic, Instituto e Fundação Waitt, e da Organização das Nações Unidas, a Fundação Oceano Azul pretende cada vez mais alcançar maior impacto com os seus programas e ter uma voz mais forte ao nível da agenda internacional do oceano.

Este ano a principal aposta é na concretização de iniciativas de grande impacto, tal como o Blue Azores, o Manifesto para um Pacto Europeu do Oceano, a Expedição Científica ao Monte Submarino Gorringe, e a preparação para a 3ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que terá lugar em Nice em junho 2025.

As Áreas Marinhas Protegidas são parte fundamental da ação da Fundação desde a sua criação, sendo um desígnio estratégico promover Áreas Marinhas Protegidas baseadas no conhecimento científico, assegurando um alargado apoio da comunidade, e a liderança dos governos e entidades locais, o que permitirá a sua efetiva implementação.

Além disso, a Fundação Oceano Azul continua a promover a criação de regulação/legislação e de políticas públicas inovadoras, a sua implementação e a difusão de boas práticas; a aumentar o conhecimento da população, incluindo das novas gerações,
recorrendo nomeadamente a programas educativos – exemplo disso é o programa Educar para uma Geração Azul, cuja decisão de alargamento a nível nacional foi recentemente anunciada pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação.

Este Programa promove a literacia do oceano nos alunos do 1.º ciclo do Ensino Básico, com o objetivo de qualificar uma geração de cidadãos que será mais conhecedora, consciente, responsável e ativa relativamente ao oceano e à sua conservação.

O Oceanário de Lisboa é o principal ativo da Fundação Oceano Azul, que esta define como "uma janela para o oceano" que, ao estabelecer uma conexão emocional com o público, contribui para dar a conhecer as mais de 500 espécies marinhas que o habitam e inspirar mudanças comportamentais rumo a uma sociedade mais sustentável, algo que pretendem mostrar à filha mais velha de Filipe XI.

Inaugurado em 1998, no âmbito da última Exposição Mundial do século XX, a Expo'98, sob o tema "Os Oceanos, um Património para o Futuro", e movido pela missão desde então, o Oceanário de Lisboa já inspirou cerca de 30 milhões de visitantes e envolveu mais de 1,7 milhões de crianças através das suas atividades educativas, aumentando a consciência e o envolvimento das novas gerações rumo à conservação do oceano.

O Oceanário é membro da Rede Internacional de Centros de Sobrevivência de Espécies da União Internacional de Conservação da Natureza e atua nas áreas da conservação e da ciência, através de investigação e publicação, da avaliação do risco de extinção de espécies marinhas, do financiamento de projetos de conservação in situ, da reprodução de espécies e do estudo e reprodução de espécies — um trabalho conjunto com uma vasta rede mundial de aquários e organizações. As receitas do Oceanário de Lisboa destinam-se em exclusivo a financiar as atividades da Fundação Oceano Azul.

Primeira visita oficial de Leonor é "uma honra" considera Governo português

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, considerou uma honra a escolha de Portugal para a primeira visita oficial da herdeira da coroa de Espanha, na esta semana, acrescentando que traduz carinho pelo país.

“É realmente uma honra para nós termos visto que, seja quando o Rei Filipe VI era Príncipe das Astúrias, seja agora com a Princesa Leonor, que a primeira visita oficial feita pelo herdeiro da Coroa Espanhola é feita a Portugal”, declarou.

Para o governante esta escolha traduz “relações de amizade” e “fraternidade” entre “povos irmãos tão fortes”. “O sinal que o Reino de Espanha dá a Portugal é um sinal que nós nunca poderemos esquecer, esta atenção, eu até vou usar uma palavra pouco diplomática e política, este carinho por Portugal. Isso é vivido por uma forma muito emocional pelos portugueses”, destacou.

A visita da Princesa das Astúrias foi anunciada a 27 de junho pela Presidência da República Portuguesa, que sublinhou tratar-se da primeira deslocação oficial ao exterior da filha mais velha do Rei de Espanha, Felipe VI.

No mesmo dia, uma nota publicada na página oficial da Presidência da República, detalhou-se que “o programa desta visita terá um enfoque particular na proteção do ambiente e na conservação dos oceanos, temas prioritários para Portugal e Espanha”.

“A escolha de Portugal como destino da primeira viagem oficial ao estrangeiro de Sua Alteza Real a Princesa das Astúrias reflete e fortalece os laços de fraternidade e proximidade que unem os dois países”, lê-se ainda na mesma nota.

Num comunicado divulgado em Madrid, o Governo espanhol sublinhou igualmente que esta será a primeira viagem oficial ao estrangeiro da herdeira da coroa e os laços que unem Portugal e Espanha.

A Princesa das Astúrias viajará com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Manuel Albares, que acompanhará toda a visita em conjunto com o homólogo português, Paulo Rangel.

Para quem acompanha menos a casa real espanhola, último grande momento relevante da vida de Leonor de Borbón y Ortiz foi quando esta atingiu a maioridade em outubro passado, num dia em que centenas de pessoas saíram à rua em Madrid para a saudar, esperançados em que Leonor de Borbón dê novo impulso a uma monarquia.

Nesse dia, Leonor de Borbón, jurou perante os deputados, senadores, governo e representantes de outras instituições que, quando for chefe de Estado, respeitará os direitos dos cidadãos e das regiões autónomas do país reconhecidos na Constituição de 1978.

A cerimónia foi considerada de grande valor simbólico e jurídico para a continuidade da Coroa espanhola, “um momento histórico”, nas palavras da presidente do parlamento, Francina Armengol, que realçou que Leonor de Borbón expressou hoje publicamente respeito pela Constituição de uma Espanha “plural, aberta e europeia”.

Nos ecrãs, Leonor de Borbón, depois do juramento e de receber uma condecoração do Governo e do próprio pai, dirigiu as primeiras palavras aos espanhóis: “Confiem em mim”.

Recorde-se que a princesa terminou o ensino secundário em 2023 depois de estudar dois anos no colégio interno UWC Atlantic College do País de Gales e no dia 14 de março de 2023, a Casa Real anunciou que Leonor iria iniciar a sua formação militar que tem feito desde então.

Em agosto de 2023 Leonor começou o seu treino de três anos no Exército na Academia Geral Militar de Saragoça e o ano letivo de 2024-2025 este decorre na Armada Espanhola, na Escola Militar Naval de Marín.

O último ano será no Exército do Ar e do Espaço, na Academia General del Aire em San Javier.

O programa oficial da visita da Princesa das Astúrias, esta sexta-feira, pode ser consultado aqui.