De acordo com informação conjunta do Arquivo Nacional do Som e da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, a campanha está já em curso e intitula-se “A que soa a liberdade?”.

“Procuramos todo o tipo de registos efetuados por altura do 25 de abril de 1974 e nos anos seguintes, ou gravações posteriores relacionadas com esse tema, realizados em Portugal e nos países lusófonos, por nacionais ou estrangeiros”, lê-se na página oficial da campanha.

Segundo o Arquivo Nacional do Som, as gravações recolhidas serão identificadas, catalogadas e descritas, será feita uma avaliação ao estado de conservação e uma posterior digitalização.

O objetivo desta iniciativa é salvaguardar os registos sonoros e “promover o acesso a esse património documental”, sendo asseguradas “as eventuais questões ligadas aos direitos de autor, direito à privacidade e proteção de dados”.

Como exemplo de registos sonoros, o arquivo e a comissão procuram gravações de espetáculos, eventos políticos, debates, sons de manifestações e greves, “gravações caseiras entre familiares e amigos”, em diferentes suportes, como bobinas de fita magnética e cassetes de áudio.

À semelhança desta campanha, também a Cinemateca Portuguesa lançou, em novembro passado, um apelo público para recolha de filmes amadores inéditos sobre a revolução de 25 de Abril de 1974, para os salvaguardar, por serem “uma fonte inestimável para compreender o século XX português”. Sobre a campanha do Arquivo Nacional do Som, estão disponíveis detalhes no site oficial.