O documento, iniciativa do movimento cívico informal “Pelo Joãozinho”, vai ser enviado ao Governo de António Costa, à Assembleia da República e à Presidência da República, de forma a lembrar a “justeza e urgência” desta obra, afirmou o porta-voz do movimento, Júlio Roldão, em conferência de imprensa.

A recolha de assinaturas decorreu entre 5 de setembro e 7 de outubro e, entre os signatários, destaque para o arquiteto Álvaro Siza Vieira, a cientista Maria de Sousa, o médico Manuel Sobrinho Simões, o presidente do FC Porto, os artistas e escritores Carlos Tê, João Bicker e Manuela Espírito Santo e o bastonário da Ordem dos Médicos, José Miguel Guimarães.

O abaixo-assinado vinca que é “tempo de agir”, romper o impasse e avançar de imediato com a construção da nova ala pediátrica.

Júlio Roldão disse que a decisão unânime da Assembleia da República, a 27 de novembro, para a construção da ala pediátrica através do procedimento de ajuste direto, foi “um passo importante” para que sejam cumpridos os propósitos do abaixo-assinado.

“Por outras palavras, julgamos estarem criadas as condições para, tão logo ultimados os delineamentos de projeto, tão logo concretizadas as fases preparatórias da obra, possa ser um facto o início da construção da nova ala pediátrica, tal qual reclamado no abaixo-assinado que em boa hora empreendemos”, frisou.

O porta-voz do movimento manifestou “satisfação” pela iniciativa que permitiu que o “caso ala pediátrica” passasse da inação à ação.

Na sua opinião, esta movimentação, que envolveu pessoas do norte a sul do país, terá contribuído para que, a 19 de setembro, os ministros da Saúde e Finanças tenham assinado um despacho conjunto a desbloquear o processo e para que o primeiro-ministro tenha reafirmado a existência de verbas no Orçamento de Estado.

“Temos esperança de que o impasse na construção da nova ala pediátrica vai finalmente acabar e que as obras vão avançar com a máxima celeridade possível, sob a tutela do Governo e do Conselho de Administração do centro hospitalar, num quadro de investimento público no Serviço Nacional de Saúde”, ressalvou.

Júlio Roldão vincou que este movimento, que já cumpriu a sua missão, vai continuar “vigilante” a esta “causa”.

Há dez anos que o hospital tem um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.

O parlamento aprovou a 27 de novembro, por unanimidade, a proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2019, de forma a prever o ajuste direto para a construção da Ala Pediátrica, cuja obra o diretor clínico do São João prevê arrancar em 2019 e concluir em 2021.

Liga Contra o Cancro considera situação na pediatria do S. João “incompreensível”

O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Vítor Veloso, considerou ser "incompreensível" a indefinição sobre a construção da nova ala de pediatria do hospital São João, no Porto, pedindo "ação imediata" ao Ministério da Saúde.

"É uma preocupação constante. É incompreensível a situação em que se encontram aquelas crianças há vários anos", disse à agência Lusa Vítor Veloso que falava à margem das comemorações do Dia Internacional do Voluntariado que esta manhã decorreram na LPCC.

"Há vários responsáveis e esses responsáveis ainda não assumiram responsabilidades. Entendo que o Ministério da Saúde tem de ter uma ação imediata, urgente e de indiscutível dignidade no sentido de dar o melhor alojamento e tratamento a crianças que são indefesas e merecem o melhor de nós todos", concluiu o presidente da Liga.

Em causa está o facto de há cerca de uma década existir um projeto para o hospital de São João construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.

Em janeiro de 2017, o Ministério da Saúde aprovou a construção da ala pediátrica, anunciando um investimento de cerca de 20 milhões de euros.

O Governo autorizou a 19 de setembro a administração do Centro Hospitalar Universitário de São João a lançar o concurso para a conceção e construção das novas instalações do Centro Pediátrico.

A ministra da Saúde afirmou no início de novembro, no Parlamento, que não dormirá tranquila enquanto o problema da nova ala pediátrica do hospital de São João não estiver resolvido, mas não se comprometeu com datas e rejeitou a possibilidade de um ajuste direto para a obra.

O Dia Internacional do Voluntariado foi comemorado com a entrega de insígnias a voluntários por cinco, dez, 15, 20 e 25 anos de serviço, bem como com a entrega do Prémio Nacional de Oncologia da LPCC - Artur Santos Silva, ao médico e primeiro presidente do IPO/Porto, José Guimarães dos Santos.

Laranja Pontes admite que crianças do S. João poderiam ter sido acolhidas pelo IPO do Porto

O presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, Laranja Pontes, disse hoje que uma possível transferência de doentes oncológicos da pediatria do hospital São João "podia ter sido equacionada", mas não está neste momento sobre a mesa.

"Não teríamos problema nenhum com isso, mas neste momento é assim que está, pelo que é assim que continua. Se quiserem que mude, os nossos superiores terão de fazer as diligências", disse o presidente do IPO/Porto.

Laranja Pontes falava à agência Lusa à margem das comemorações do Dia Internacional do Voluntariado que esta manhã decorreram na Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), no Porto, e questionado sobre se o IPO estaria disponível para acolher as crianças doentes oncológicos do São João respondeu: "Isso poderia ter sido pensado há muitos anos. Agora acho que estão reunidas as condições para rapidamente resolverem o assunto".

Em causa está o facto de há dez anos que o hospital de São João ter um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.

Em janeiro de 2017, o Ministério da Saúde aprovou a construção da ala pediátrica, anunciando um investimento de cerca de 20 milhões de euros.

O Governo autorizou a 19 de setembro a administração do Centro Hospitalar Universitário de São João a lançar o concurso para a conceção e construção das novas instalações do Centro Pediátrico.

A ministra da Saúde afirmou no início de novembro, no Parlamento, que não dormirá tranquila enquanto o problema da nova ala pediátrica do hospital de São João não estiver resolvido, mas não se comprometeu com datas e rejeitou a possibilidade de um ajuste direto para a obra.

Hoje, o presidente do IPO/Porto explicou que "a oncologia pediátrica está dividida há muitos anos e que no IPO são tratados mais ou menos 100 doentes por ano e no hospital de São João são tratados 50".

"O nosso grande desejo é que as condições no São João voltem à normalidade e que a centralidade do cuidar em si esteja focada nas crianças que precisam de melhores condições", disse o responsável numa sessão que ficou marcada pela entrega de insígnias pelos anos de serviço a dezenas de voluntários e pela entrega o Prémio Nacional de Oncologia da LPCC - Artur Santos Silva, ao médico e primeiro presidente do IPO/Porto, José Guimarães dos Santos.