“O Departamento do Tesouro vai tomar medidas para relançar os esforços para colocar Harriet Tubman nas novas notas de 20 dólares”, indicou a porta-voz da Presidência, Jen Psaki.

“É importante que as nossas notas, o nosso dinheiro (…), reflita a história e a diversidade do nosso país e a imagem de Harriet Tubman na nova nota de 20 dólares reflete-as de maneira evidente”, disse.

Esta ativista vai ser a primeira personalidade afro-americana a figurar numa nota de banco nos EUA.

Este projeto, iniciado em 2016 pelo então presidente Barack Obama, é agora relançado quando os EUA estão a ser atravessados desde há cerca de um ano que denuncia o racismo e a violência política contra as minorias de cor.

Harriet Tubman (1822-1913) fugiu da escravatura e ajudou dezenas de escravos a passar para o norte dos EUA e Canadá, antes e durante a Guerra da Secessão, antes de participar na luta pela atribuição do direito de voto às mulheres.

O seu combate, no seio da rede secreta de evasão ‘Underground railroad’ baseou uma longa-metragem em 2019.

Deveria ter substituído, a partir de 2020, o presidente populista Andrew Jackson (1767-1845), personagem controversa admirada por Trump.

Mas o antigo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, anunciou em 2019 o adiamento do projeto pelo menos até 2028, alegando “questões de segurança” relativas a uma das notas mais usadas no país.

Durante a campanha eleitoral de 2016 para as presidenciais, Trump tinha qualificado a escolha de Harriet Tubman como “puro politicamente correto” e sugerido que o rosto ficava melhor na nota de dois dólares, que já não é impressa.

Andrew Jackson, que ocupou a Casa Branca entre 1829 e 1837, foi considerado o primeiro presidente “populista” por Trump, que tinha instalado a sua fotografia no Gabinete Oval.

Este general ficou conhecido pela sua vitória histórica sobre os ingleses em Nova Orleães, em 1815. Mas também está associado à deportação massiva das tribos índias para o Oeste, o designado “Trilho das Lágrimas”, que provocou milhares de mortos.