A administração tinha dispensado Ghosn da presiência, logo após a primeira detenção, em 19 de novembro, contudo era necessário a aprovação formal da medida pelos acionistas.
O atual presidente executivo pediu desculpa aos acionistas e admitiu que este é um "momento crítico" para a empresa.
"Peço imensas desculpas por todas as preocupações e problemas que causámos", disse Hiroto Saikawa, durante a assembleia-geral extraordinária, que decorreu em Tóquio.
Saikawa sublinhou ainda que esta foi "uma má conduta impensável e sem precedentes para um executivo de topo".
"Já se passaram quatro meses desde o evento de novembro. A Nissan está num momento crítico", mas quer "dar um novo passo na reforma da gestão", disse Saikawa.
O responsável admitiu ter ficado "em choque" quando soube dos resultados da investigação interna da empresa, que mostrou supostas práticas ilícitas. Criticado por não ter conseguido impedir tais ações durante vários anos, Saikawa reconheceu "sérios problemas" de gestão e prometeu "colocar a empresa de volta no caminho do crescimento".
Os acionistas também vão votar a aprovação de Jean-Dominique Senard, presidente da Renault, para tomar o lugar de Ghosn.
A parceira francesa Renault detém 43% da Nissan.
Também na agenda de votação está a remoção de Greg Kelly, um membro do conselho que é acusado de colaborar com Ghosn na suposta "má conduta".
Na quinta-feira, Carlos Ghosn foi detido novamente por suspeita de ter desviado cinco milhões de dólares (4,4 milhões de euros).
Os procuradores do Ministério Público japonês adiantaram que o dinheiro terá sido desviado de uma subsidiária da Nissan para uma concessionária fora do Japão.
A detenção aconteceu cerca de um mês depois de Ghosn ter sido libertado sob fiança, quando se encontrava sob custódia das autoridades, suspeito de má conduta financeira enquanto liderava o fabricante japonês.
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