João Matos Fernandes visitou hoje a empreitada de remodelação e reabilitação da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Vale da Pedra, por onde passa parte da água que abastece a Área Metropolitana de Lisboa. A primeira fase foi concluída em junho e a inauguração está prevista para março de 2018.
Com um investimento de cerca de 13 milhões de euros, a intervenção, iniciada em março de 2016, incide na introdução de novas etapas de tratamento para “assegurar a disponibilidade, em quantidade e qualidade, de água para consumo humano” e para a otimização energética, refere uma nota da EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A..
Questionado sobre os resultados da campanha nacional para poupança de água, o ministro afirmou que se conhecem já algumas situações “muito concretas” de redução de consumos, dando o exemplo das empresas de transportes, nomeadamente do Metro do Porto e da rodoviária STCP, que passaram a fazer a lavagem de composições ‘dia sim, dia não’, reduzindo o consumo para metade.
“Sabemos bem que não se invertem hábitos de uma noite para uma manhã”, disse o ministro, apontando ainda o caso de municípios, como Lisboa ou Cartaxo, que, mesmo sem “nenhum problema iminente de falta de água”, perceberam o “empenho nacional” e se juntaram ao esforço de redução de consumos.
João Pedro Matos Fernandes, acompanhado pelo secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, assinalou, com esta visita, os dois anos de Governo socialista, escolhendo o setor do abastecimento de água e uma estrutura da EPAL (do grupo Águas de Portugal) por ser “uma área em que há um trabalho muito bem feito”.
A ETA de Vale da Pedra, que funciona em articulação com a que empresa possui em Asseiceira (Tomar), ficará dotada de um “sistema robusto do ponto de vista técnico”, que dá garantias de quantidade e qualidade de serviço futuro no abastecimento a um universo de três milhões de consumidores, salientou.
O governante insistiu na “mensagem” de que, “independentemente do local do país, é preciso poupar água”.
“Temos dito muito que há um conjunto de entidades gestoras de pequena dimensão que têm mesmo que se agregar para terem uma maior capacidade de resposta no dia-a-dia, para reduzir a água não faturada, as fugas de água, mas também, nestas alturas de maior aperto, a capacidade técnica para poder agir”, frisou.
Sobre o aviso, no âmbito do POSEUR (Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos), da disponibilização de cerca de 50 milhões de euros para a renovação das redes de abastecimento, para investimentos que globalmente atingirão os 100 milhões de euros, Matos Fernandes afirmou que o objetivo é apostar em tecnologias de gestão que permitam gerir a pressão de água na rede (reduzindo-a quando não é necessária), detetar e intervir rapidamente em caso de fugas, e substituir condutas antigas.
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