“Estou convicto que a Finlândia dará valor acrescentado à NATO”, disse o chefe da diplomacia finlandesa, intervindo na comissão de Assuntos Externos no Parlamento Europeu.

Pekka Haavisto salientou que a organização ficará fortalecida com este novo aliado.
A Finlândia, segundo explicou Haavisto aos eurodeputados que integram a comissão, tem um exército com 280 mil forças e 900 mil reservistas que “reforçará a segurança e a estabilidade na região do mar Báltico e do norte da Europa”.

O Presidente, Sauli Niinistö, e a primeira-ministra, Sanna Marin, da Finlândia disseram hoje que são favoráveis à adesão do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa), devendo a decisão ser formalmente anunciada no domingo.

Trata-se de uma importante rutura da nação com a sua tradicional posição de neutralidade durante conflitos e de não envolvimento em alianças militares.

O pedido de adesão terá de ser ratificado pelos 30 países membros da Aliança Atlântica, incluindo Portugal.

A Finlândia partilha 1.340 quilómetros de fronteira terrestre com a Rússia.

A Rússia já ameaçou que a decisão pode vir a ter "efeitos políticos e militares" para a Suécia, que também manifestou interesse em entrar na aliança militar, e para a Finlândia em caso de adesão à NATO.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, no passado dia 24 de fevereiro, a Finlândia e a Suécia começaram a ponderar o abandono da neutralidade história e aderir formalmente à NATO.

A potencial entrada da Finlândia na NATO constitui a maior alteração na política de defesa e de segurança do país nórdico desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando travou duas guerras contra a União Soviética.