“O conselho de administração lamenta o pedido de demissão do Dr. Joaquim Pinheiro como diretor do serviço de neurologia, considerando-o um profissional de elevadas competências, quer como médico, quer como gestor”, lê-se numa nota enviada à Lusa, depois de questionado sobre a demissão do diretor.

O diretor de neurologia, que integrava o grupo de 52 demissionários, disse hoje à Lusa que abandona o cargo de chefia já a partir de quinta-feira.

“Hoje [quarta-feira] é o último dia em que dirijo o serviço, a partir de quinta-feira deixo de ser diretor”, afirmou Joaquim Pinheiro.

Joaquim Pinheiro explicou que na origem da sua demissão está uma “trilogia dramática” que compreende falta de médicos e técnicos, instalações degradadas e equipamentos obsoletos.

Na nota, o conselho de administração assume que o serviço de neurologia tem “vários problemas”, mas vincou serem resultantes de “vários anos de inação”.

“O conselho de administração tem trabalhado empenhadamente junto da tutela para a resolução dos mesmos, considerando necessária uma solução urgente”, ressalvou.

O conselho de administração e o agora ex-diretor de neurologia “cooperaram ativamente nesta ação” junto da tutela, não apenas pela necessária rapidez de solução, mas também pelas características excecionais da situação deste serviço, salientou.

Considerando a situação como única nas suas características, o conselho de administração acredita numa solução “para breve”.

Contudo, acrescentou, não ter sido possível contrariar os problemas existentes, nomeadamente o reduzido número de profissionais no serviço, encontrando-se a desenvolver as diligências necessárias para uma “rápida substituição”.