O “3F – Financiamento, Fórmula para o Futuro” é um projeto que “nasce do sentimento de que o modelo atual de financiamento em saúde não resolve grande parte dos problemas atuais nem preparara o sistema de saúde para o futuro”, explicou à agência Lusa o presidente da Associação de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço.

As restrições orçamentais, a falta de autonomia das unidades e o desperdício gerado pelo modelo de prestação de cuidados estão identificados como os principais obstáculos que afetam o sistema de saúde em Portugal.

O novo projeto da Associação de Administradores Hospitalares vai juntar peritos nacionais para tentar “encontrar soluções para as instituições de saúde ao nível do financiamento” e para promover uma mudança de organização que responda de forma melhor aos utentes.

A primeira reunião destes peritos decorre na quarta-feira em Lisboa e, segundo Alexandre Lourenço, até ao verão será elaborado um documento técnico com propostas, convidando depois as instituições do Serviço Nacional de Saúde a testar o modelo, em pelo menos uma unidade, que funcione como projeto piloto.

“Hoje ainda existe muita descontinuidade de cuidados, o setor da saúde é talvez o setor mais cristalizado. É necessário promover uma alteração em que a experiência do doente seja valorizada. Temos de perceber como é que o financiamento pode promover essa alteração”, referiu Alexandre Lourenço à agência Lusa.

O sistema de saúde português usa geralmente a tecnologia mais avançada, seja em medicação ou em dispositivos médicos, mas “o modelo de organização está muito longe de ser sofisticado”.

Os administradores hospitalares têm consciência de que os incentivos financeiros são “muito poderosos” e que é o modelo de financiamento que pode promover uma alteração no sistema de saúde.

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