A candidata decidiu permanecer na corrida apesar da sua derrota no caucus (eleição primária presencial organizada pelo partido) do Iowa e na primária de New Hampshire, e apesar da insistência de Trump, apoiado pelos líderes do partido, de pretender declarar por concluída a disputa e a seu favor.
“Ele não pode impor-se para a nomeação [como candidato republicano à eleição de novembro face ao Presidente cessante Joe Biden] através da intimidação”, declarou Nikki Haley no programa da cadeia televisiva NBC “Meet the Press”.
“Não se pode fazer isso após apenas dois estados” entre os 50 que devem pronunciar-se, acrescentou a antiga embaixadora dos EUA na ONU — à época designada por Donald Trump — e ex-governadora da Carolina do Sul.
Nikki Haley criticou o Comité nacional do partido (RNS), que organiza as primárias republicanas, por terem demonstrado demasiado cedo o seu apoio ao antigo presidente dos EUA, largamente favorito após as suas duas vitórias.
Na passada terça-feira, na sequência dos resultados no New Hampshire, a chefe do partido, Ronna McDaniel, assegurou que a escolha dos eleitores era “muito clara”.
“Devemos reunir-nos em torno de que será o nosso candidato, e que será Donald Trump”, acrescentou.
“Não penso que deva ser essa a posição do RNC […]. Trump foi demasiado longe quando os forçou a fazerem isso”, assegurou Nikki Haley.
A candidata sugeriu que pretende manter-se na corrida pelo menos até à “super terça-feira” de 05 de março, um momento crucial e quando se pronunciam os eleitores de 16 estados e territórios norte-americanos.
A próxima primária republicana vai decorrer em 24 de fevereiro na Carolina do Sul.
Neste estado, as sondagens indicam que Nikki Haley será de novo derrotada por larga margem, mas para a antiga governadora uma derrota no seu estado não a afastará da contenda. Afirmou simplesmente que deveria fazer melhor que no New Hampshire, onde ficou a uma distância de 11 pontos percentuais.
Haley também refutou que pretende manter-se na corrida na esperança que os numerosos problemas judiciais de Donald Trump, ou o seu estado de saúde, aos 77 anos, lhe permitam uma oportunidade.
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