Entre os estudos está o documento feito por um grupo de trabalho que reuniu entidades civis e militares, que fez um levantamento das situações e que demonstrou que é possível compatibilizar a utilização civil da Base Aérea do Montijo com a operacionalidade da Força Aérea na área de Lisboa.
Está também o estudo feito pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), que comparou várias opções (Alverca, Sintra e Montijo), concluindo que o Montijo é a "única solução que garante operação conjunta com a Portela e 72 movimentos hora nas duas pistas (50 milhões de passageiros por ano), ou seja, a duplicação da capacidade atual", segundo a mesma fonte.
Por fim, o último estudo que será entregue foi feito pela NAV - Navegação Aérea de Portugal e a Eurocontrol (a Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea), que estudou a compatibilidade da navegação aérea na zona de Lisboa (militar/civil e Portela/Montijo) e propõe soluções para o seu desenvolvimento.
Na quarta-feira, o Governo e a ANA - Aeroportos de Portugal assinaram um memorando de entendimento que visa "estudar aprofundadamente" a solução de um aeroporto complementar no Montijo para aumentar a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
Na cerimónia, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, disse que "existia muito trabalho desenvolvido sobre o assunto, sobretudo realizado pela concessionária ANA, mas faltava trabalho da parte do Estado".
"Foi esse trabalho que estivemos a realizar ao longo do ultimo ano: estudos de procura, de avaliação das alternativas e a sua articulação com a gestão do tráfego aéreo, estudos de capacidade e estudos de compatibilização das soluções com as operações da Força Aérea", disse.
Na semana passada, a presidente do CDS-PP, Assunção Cistas, questionou o primeiro-ministro, António Costa, no parlamento, sobre o futuro aeroporto de Lisboa, reiterando que a Assembleia da República tem pedido estudos que não têm sido enviados.
Hoje, o CDS-PP questionou o Ministério do Planeamento sobre o novo aeroporto, exigindo detalhe sobre estudos de tráfego, de capacidade, de impacto ambiental, e custos sobre o atual aeroporto e a opção do Montijo.
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