Em comunicado, as autoridades russas precisaram que o avião sairá do aeródromo de Uliánovsk, no sul da parte europeia do país, numa operação ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin.

O Ministério da Defesa indicou ainda que em cada uma das aeronaves de transporte se encontra uma equipa de médicos militares para assistir pessoas retiradas do território afegão.

Os talibãs anunciaram na terça-feira que para evitar que continue o caos no aeroporto de Cabul, os cidadãos afegãos não podem ir ao aeroporto, uma medida que dificulta as intenções dos Estados Unidos e de outros países de retirar os aliados afegãos vulneráveis no país.

“O Emirado Islâmico (como autodenominam os talibãs) está a tratar realmente de controlar a situação. Agora o caminho para o aeroporto foi fechado. Os afegãos não estão autorizados a ir ali, (só) os estrangeiros podem ir”, disse em conferência de imprensa, em Cabul, o principal porta-voz insurgente, Zabihullah Mujahid.

Hoje, num congresso do partido Rússia Unida, o líder do Kremlin assegurou que Moscovo não tem qualquer intenção de imiscuir-se nos assuntos internos do Afeganistão e menos ainda de intervir militarmente.

“Tirámos as lições necessárias”, realçou Putin, que recordou “a experiência” no Afeganistão da União Soviética, que invadiu o país em 1979 e o abandonou em 1989, guerra considerada como um dos fatores que contribuíram para a desintegração da União Soviética.