Em 01 de março, o Conselho Fiscal e Disciplinar dos 'leões' decidiu expulsar de sócio Bruno de Carvalho, sanção igual à do ex-vice-presidente Alexandre Godinho.
O recurso apresentado pelos dois será analisado em 06 de julho, em Assembleia Geral, na segunda AG anunciada hoje, sendo que em 29 de junho, realiza-se uma reunião magna para aprovação do orçamento de rendimentos, gastos e investimentos do exercício económico acompanhado do plano de atividades e do parecer do Conselho Fiscal e Disciplinar
Instaurado pela Comissão de Fiscalização, o processo iniciou-se com a nota de culpa entregue aos sócios visados em 23 de agosto de 2018, que Bruno de Carvalho não contestou, e remetida, posteriormente, a um “instrutor externo”, por visar “anteriores membros dos corpos sociais”.
Segundo o comunicado dos ‘leões’ aquando do anúncio da pena, “foram realizadas múltiplas diligências de prova no âmbito do processo”, pedidas tanto pelo instrutor como pelos próprios sócios que contestaram a nota de culpa.
O relatório final indica que “os sócios visados praticaram múltiplas e gravíssimas infrações disciplinares”, sendo que o Conselho Fiscal e Disciplinar aplicou a sanção de expulsão após “os factos praticados, em acumulação, com premeditação”, terem levado a “relevantíssimos danos de imagem, moral e patrimonial, com dolo direto muito intenso, com liberdade, consciência e conhecimento da ilicitude por Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho”.
“Assumiram uma gravidade, uma ilicitude e uma censurabilidade tão grandes e elevadas que apenas se coadunam com a aplicação concreta da sanção mais grave prevista nos diplomas legais”, justifica.
A “tentativa de bloqueio de contas e de usurpação de funções”, com a “agravante de ter ocorrido em momento posterior à sua destituição pelos sócios”, bem como a tentativa de “obstaculizar” a AG de destituição, as publicações nas redes sociais, a “perturbação grave da AG de 23 de junho”, são outros dos atos que revelam “total desrespeito pelo clube, pelos seus estatutos e pelos seus sócios”.
“Considerou, assim, o Conselho Fiscal e Disciplinar só poder ser aplicada aos sócios visados Bruno de Carvalho (tendo praticado 12 infrações disciplinares) e Alexandre Godinho (tendo praticado 10 infrações disciplinares) a pena mais grave prevista nos estatutos, ou seja, a pena de expulsão”, lê-se no documento.
Destituído em 23 de junho, Bruno de Carvalho foi suspenso de sócio pela Comissão de Fiscalização do clube em 02 de agosto, após ter-lhe sido instaurado um processo disciplinar, numa suspensão que dura até à decisão hoje conhecida, a qual ainda poderá ser objeto de recurso.
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