A frase ficou registada no livro de honra, parte de uma hora e um quarto de protocolo e conversa pessoal com Marcelo Rebelo de Sousa, que recebeu ainda uma delegação de representantes daquela comunidade religiosa muçulmana, que tem a sua sede mundial em Lisboa.

O carro diplomático que levou Aga Khan, o IV, subiu a rampa do Palácio ladeado pela guarda de honra da Guarda Nacional Republicana pelas 11:30, já Marcelo tinha descido e aguardava no terraço.

Os dois juntaram-se na passadeira vermelha para ouvir os hinos respetivos tocados pela banda da GNR, subindo depois para um encontro privado que durou estritamente o tempo previsto.

Em frente ao Palácio de Belém, do outro lado da rua, um polícia sinaleiro "cabeça de giz" orientava o trânsito, observado por alguns turistas que iam parando e tirando fotografias ao aparato que conseguiam ver pelo portão.

Sem declarações, Aga Khan e comitiva seguiram para o ponto seguinte de uma agenda preenchida da visita oficial que assinala os seus 60 anos como líder dos muçulmanos ismaelitas, que são cerca de 15 milhões por todo o mundo.

Os encontros com o Presidente da República e com o primeiro-ministro e um discurso na sala do Senado, no parlamento, marcam as cerimónias dos 60 anos de Aga Khan como líder dos muçulmanos ismaelitas, a partir de hoje em Lisboa.

A comunidade ismaelita é constituída por cerca de 15 milhões de pessoas espalhadas pelo mundo e o seu líder espiritual, o príncipe Aga Khan, escolheu Lisboa para a sede da comunidade, bem como para o encerramento das comemorações.

Já em Portugal desde sexta-feira, país onde de resto vai ter residência oficial, o príncipe iniciou a sua visita oficial hoje, tendo sido recebido com honras de chefe de Estado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a que se seguiu um encontro com o primeiro-ministro, António Costa, participando à noite num jantar em sua honra, oferecido pelo chefe de Estado, no Palácio de Queluz.

Na terça-feira é recebido na Assembleia da República, onde fará um discurso (sala do Senado) e inaugura uma exposição. Aga Khan visita depois o local do futuro “Ismaili Imamat” (imamato ismaelita), a sede mundial dos ismaelitas, que esta semana estão em força em Portugal, uma presença estimada em 45 mil visitantes.

Nos últimos dois dias de visita a Portugal Aga Khan, segundo o programa oficial, tem encontros com a comunidade ismaelita, na zona do Parque das Nações, onde desde quinta-feira decorrem iniciativas culturais sobre os 60 anos de liderança.

Aga Khan reúne-se ainda com investigadores ligados a 16 projetos que a os ismaelitas financiam, no âmbito de um protocolo de cooperação com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

A chamada comunidade muçulmana “Shia Imami Ismaili”, um ramo dos muçulmanos xiitas, vive espalhada por cerca de 30 países, com as maiores comunidades na Europa a residirem na Grã-Bretanha, França e Portugal, onde vivem cerca de 7.000 membros.

Aga Khan fundou uma das maiores redes privadas para o desenvolvimento do mundo, empregando 80.000 pessoas.

A AKDN, Aga Khan Development Network, é hoje um grupo de agências privadas internacionais que procuram melhorar as condições de pessoas em várias regiões do mundo, com um orçamento anual, para atividades sem fins lucrativos, que ronda os 600 milhões de euros.

Números oficiais da AKDN indicam que a organização trabalha em 30 países, incluindo Portugal.

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