Atualmente, a rede conta globalmente com 21 centros, espalhados por mais de 60 cidades, sendo que em Portugal está em Coimbra (Instituto Pedro Nunes), Cascais (DNA Cascais) e Porto (Parque Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto).

“O que queremos fazer é alargar a iniciativa a todo o país, ter 10 localizações, chegar à Madeira e Açores e ao interior”, avançou a mesma responsável.

Chiara Manfletti explicou que, com recurso a tecnologias e dados da exploração espacial, as ‘start-ups’ podem desenvolver “serviços para energia, infraestruturas críticas, florestas, agricultura” e outros setores.

Segundo a presidente da Agência, a entidade está também a contribuir para combater o impacto da pandemia de covid-19, ajudando em áreas como a meteorologia e as tecnologias.

Um dos objetivos da atuação da Agência Espacial Portuguesa é ajudar a criar perto de mil empregos até 2030.

“As empresas irão perceber que terão uma vantagem competitiva” por trabalhar em ligação com a área espacial e destacou, em Portugal, o papel que isso pode ter na área das telecomunicações, nomeadamente no 5G (quinta geração móvel).

Segundo informação enviada pela Agência, o concurso dirige-se “a incubadoras que, além de estarem registadas em Portugal, tenham instalações que permitam receber as ‘start-ups’ que beneficiem do programa da ESA [Agência Espacial Europeia]”.

Além disso, “as incubadoras devem também dispor de uma equipa que dê o suporte necessário ao desenvolvimento de projetos que posteriormente venham a ser escolhidos para integrar a rede de incubadoras da Agência Espacial Europeia”, de acordo com a Agência.

Segundo o organismo, as candidaturas serão apreciadas com base em “critérios como a experiência, composição da equipa, os acionistas, a ligação a atividades espaciais, entre outros”, sendo também consideradas nesta avaliação “eventuais colaborações com o Sistema Nacional de Inovação”.

Em análise está ainda “o número de ‘start-ups’ apoiadas desde a criação da incubadora, o volume de negócios e os postos de trabalho criados no último ano pelas empresas apoiadas, capital angariado pelos residentes desde o início da atividade e em 2019”, entre outros critérios.

As candidaturas devem ser enviadas até às 23:59 do dia 09 de maio e se aceites “assinarão com o IPN [Instituto Pedro Nunes] um contrato de um ano, renovável por outros três, para trabalhar num consórcio liderado pela organização de Coimbra”, acrescenta.